CRASSA FALTA DE COMPAIXÃO

Para sobreviver, durar, justificar-se, o "socialismo" rapace é capaz de todas as entorses e ilegalidades regimentais porque na verdade se comporta desde já como partido único. E verdadeiramente, é o que é. Único. À parte. Acima dos outros. Fora de escutínio. Ser partido único, absorver todas as energias vitais de Portugal, enriquecer os seus, passar impune por entre os pingos da chuva, é o seu desígnio. As palavras nada têm a ver com os actos e, por vezes, nada têm a ver com outras palavras anteriormente pronunciadas, especialmente em época de caça eleitoral demonstrativa do quão isto é primitivo, desmobilizado, passível de trapaça. Nesse ponto, a habilidade política que comentadores bimbos, como o Luís Delgado, atribuem a Sócrates inscreve-se no possível elogio às capacidades retóricas, estratégicas, organizativas e à coragem de Al-Capone, que também não era burro nenhum e foi por isso mesmo muito difícil de apanhar. Isto não vai acabar bem por muito que as sondagens nos anestesiem informando-nos da enganosa complacência geral e desmobilizando-nos com ela: mil telefonemas para socialistas com clubite é peta que chegue. O pior é que este governar socialista com total falta de compaixão, sensibilidade e respeito para com as pessoas estava lá, desde a primeira hora. Houve quem a visse e a denunciasse. Eu vi-a imediatamente. Percebi, preocupado, aquele modo desalmado de enganar os portugueses. Cedo gritei e esbracejei por aqui. Apenas para ver um censório menear de cabeças. Apenas para colher um espesso silêncio, censura pudibunda aos meus supostos ataques pessoais como se, perante a tirania da mentira, o luxo insultuoso da imagem, o descalabro da rapacidade insaciável do partido único PS, pudéssemos alguma vez habitar o domínio puro do debate de ideias! Tenham lá paciência!

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