A VALSA DO CHULO

O Chulo tem sempre razão e não larga a valsa chula com que estrangula os chulados. Ei-lo com o seu largo sorriso de hospício adiado. Parece que as sondagens lhe dão um empate técnico com o outro partido do Poder: os chulados afinal não se ralam ou a empresa de sondagens faz perguntas aos chulados certos. Por isso, o Chulo ladra mais, com mais intensidade, porque o seu prémio é a rematada estupidez geral tão condescendente consigo como os plácidos e esperançosos judeus a caminho dos fornos crematórios nem supunham tamanha desumanidade. Como o Diabo quando sai de casa para a safra de danar gente, é revestido das armas da demagogia e da mais completa insensibilidade que está onde está e  faz o que faz. Vem agora regougar ao líder parlamentar do PSD para «desfazer o tabu» e «dizer não à insegurança e incerteza». Nunca se sabe quando o Chulo fala a sério ou a brincar. O Diabo tem sempre umas coisas dementes e atoleimadas para dizer e outras tantas para fazer: «Não é dar um cheque em branco ao Governo, mas ao País.» Claro que não. Corroborar neste Orçamento é fazer xeque-mate ao País. Lavar as mãos deste Orçamento, sem exigir retoques, sem obrigar o covarde, mentiroso e incompetente Governo à promessa de liquidar institutos, fundações, observatórios e outra gordura fatal no Estado, significa basicamente preferir liquidar a economia, comprometer a receita fiscal futura, empobrecer despudoradamente os portugueses, esmagando-os entre o esbulho aos salários e a patorra de um Fisco desmesurado, mantendo todos os vícios despesistas e mordomistas que nos trouxeram até este abominável ponto. Mas quem é que derruba o Chulo da sua posição confortável, dos seus esgares, do seu riso escarninho, da sua arte de aldrabar e chantagear?! Ninguém. Todos deixam seguir o fajuto até ao limite do delito e do delírio. Um ex-primeiro-ministro islandês responde em tribunal por ter levado a Islândia aonde está. Em Portugal, provavelmente a culpa já tem dono. Terá de ser atribuída exclusivamente a Pedro Passos Coelho. A longa noite da farsa socialista nada tem a ver com isto.

Comments

Anonymous said…
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Anonymous said…
Se não me engano em Setembro do ano passado os portugueses deram o poder executivo ao PS. Nessa altura parece que acreditaram nas promessas do Sr. Sócrates, quando a crise já era profunda e as aldrabices já eram muitas. Não se queixem agora, que o PS ainda vai governar por mais três anos. Espero que não haja eleições até 2013 para que o PS possa completar o seu mandato de 4 anos e o país saia, finalmente, vacinado contra as esquerdas incapazes para os próximos 50 anos.
Anonymous said…
Um cheque em branco nunca se passa a não ser que quem o receba seja alguém de muita confiança, mas quando a um cheque em branco lhe é atribuído um valor o mínimo que qualquer pessoa de bem faria era apresentar as contas para demonstrar a quem lhe passou que esse mesmo cheque tinha sido bem usado. O problema é que os cheques em branco saem sempre dos bolsos dos portugueses para encherem os bolsos de alguns e os primeiros nunca vêm retorno do cheque, muito pelo contrário...
Anonymous said…
Força Sócrates. É necessário um 1º Ministro determinado para fazer frente à grave crise internacional que se instalou com intensidade em toda a Europa, tendo sido as economias mais frágeis as mais atingidas. Se fosse alguem do "grande" partido o PSD já muito que teria fugido e o fosso seria inevitávelmente muito maior. Esta crise toca a todos mas muito mais à classe média alta. A CS empola esta subida de impostos fazendo crer que a classe médis baixa e baixa é das mais afectadas, sendo sim afectada mas muito ligeiramente. Os forasteiros que não se cansam diáriamente repetirem a mesma música de aumentos de impostos não apresentam alternativas. Os três pequenos partidos apenas apresentam propostas com aumentos da despesa, o maior partido nem uma coisa nem outra ficou tolhidas de ideias e discernimento para se conterem nas diversas intervenções só com ameaças.

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