CONFISCAR PORTUGAL
Havia um slogan Avançar Portugal. Deviam estar a brincar. Ninguém senão o amigo Pedro Correia colocaria os factos negros do demagógico socratismo com a indisputável limpidez que se segue: «1. No país de Sócrates, assiste-se ao maior aumento de impostos de que há memória nos últimos 25 anos. Um verdadeiro massacre fiscal, como alguns sustentam. 2. No país de Sócrates, o ataque às deduções fiscais vem penalizar ainda mais a classe média-baixa. 3. No país de Sócrates, quando era necessário caçar votos (na campanha legislativa de Setembro de 2009), o primeiro-ministro disse esta frase lapidar, num frente-a-frente televisivo com Francisco Louçã: “Estas pessoas que fazem as suas deduções fiscais na Educação, na Saúde e nos PPR não são ricas, é a classe média. Isto conduziria a um aumento fiscal brutal para a classe média, mais de mil milhões de euros.” O mesmo primeiro-ministro que acaba de fazer precisamente aquilo que há um ano imputava ao líder do BE: um aumento fiscal brutal, mandando as deduções às urtigas. 4. No país de Sócrates, o leite com chocolate passa do escalão mais baixo para o mais alto do IVA, ficando equiparado a bem de luxo. 5. No país de Sócrates, o chefe do Governo impõe austeridade aos outros poucos dias depois de renovar contratos no seu gabinete. 6. No país de Sócrates, as empresas públicas são encaradas como prolongamento do partido do poder: um deputado socialista acusa o chefe de gabinete do secretário-geral do PS de lhe ter oferecido um cargo numa empresa pública, com um vencimento de 15 mil euros mensais, em troca do seu afastamento de uma corrida eleitoral interna. Cada vez mais chocante, o país de Sócrates.»
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