PODAR O NARIZ
Conspirativo e abatatado do Pinóquio-Primadonna importa mais, passe a hipálage, que sonhar ser possível negociar com terroristas, peritos no saque geral, na omissão dos números, na permissividade multiplicativa dos cargos, dos luxos, das mordomias. Com uma boa máquina de propaganda, dispendiosa e holística, qualquer cromo e qualquer corno pode fingir de governante, rodeado de tudólogos. Pode qualquer corno e qualquer cromo ocultar uma profunda e danosa incompetência, só perceptível ao leigo no limite do esbulho, hora de fugir, pântano-pauis declarado. Ter bom carácter e empatia autêntica com as pessoas vale ouro, negócios, o ânimo acrescido das gentes: neste momento, era melhor termos lá um urso que o pedantolas refinado, sociopata recalcitrante. Ver o desespero dos banqueiros, agora pedintes sornas, é lembrar cuspo antigo atirado ao ar e já sobre as suas faces. Tanto roço e aliciamento de políticos a salivar. Nunca transigir com terroristas! Gente que abocanhou Portugal, delapidou capital humano, enxotou-enxovalhou professores, mentiu na economia, fingiu no défice, calou discordâncias, perseguiu críticas, ultra-eleitoralizou medidas, também reverte qualquer migalhinha desfavorável em seu benefício, fabrica sondagens manhosas, lisonjeiras, esgueira-se em plena rapina, põe as culpas no partido mais à mão. Sonha escapar impune. Hoje quer escapar. Tenho pena do tenro PSD de Passos Coelho: deveria ter sido absolutamente incisivo desde a primeira hora. Não. Licenciou e subscreveu o derradeiro regabofe socialista com o PEC II. Não foi por falta de aviso sobre essa gente perigosíssima. Não faltavam indícios. A avidez estava à vista, a sôfrega indecência também.
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