ILEGALIDADE ANALÓGICA
Todos os dias ficamos mais e mais esclarecidos da ilegalidade prática do Regime vigente que não é nada uma democracia. Se fosse uma democracia, os governantes governariam explicitamente pelo bem e pelo bem-estar das pessoas, como no Luxemburgo e na Suécia. Não. Governam contra o bem comum. Agem e decidem contra o bem geral. Lesam o futuro da maioria. Decidem contra os interesses do Estado. Desbaratam como se fôssemos ricos. Desforram-se na ignorância e no escrutínio nulo que só um Povo embrutecido lhes não pode opor. Vivem da ilegalidade dos cargos eternizados porque usurpados com nomeações sornas e medram com o tráfico sorna de favores. É por isso que, sem surpresa, vemos o professor de Direito e membro do Conselho Superior do Ministério Público Bonifácio Ramos apresentar hoje uma participação à Procuradoria Geral da República: no seu entendimento, a nomeação de Isabel São Marcos para substituir o procurador-geral durante a sua 'baixa' é «manifestamente ilegal». Ilegal, notem bem. Claro! A PGR é o órgão de empatar que o Poder Político e o seu partido único inventaram para passarem impunes os seus mais dilectos ladrões. E tal tarefa faz com gente de confiança. Gente de confiança significa que se está nas tintas para a legalidade. Em que pé está o caso do vice-procurador adjunto, Mário Gomes Dias, jubilado-reformado, porém, no activo? Perdurará essa outra "ilegalidade"? Os princípios de autobenefício despudorado que vemos na ANACOM socratista estão por todo o lado. Elevados-agravados exponencialmente. O exemplo é mau. Vem mesmo lá de cima por gente que legisla preventivamente para si, por sua causa, nas reformas que se atribui, nos cargos de que se assegura.
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