DESORÇAMENTAR 48 MIL MILHÕES

Em horas negras, convém pôr os olhinhos no que anotam derradeiros socialistas decentes como é o raro caso de José Medeiros Ferreira: «Costumo a ler os suplementos de economia ao domingo de manhã. Deparo-me hoje com uma entrevista do juiz jubilado do Tribunal de Contas, Carlos Moreno, no suplemento do Expresso. Estima em 48 mil milhões de euros o que o Estado terá de desembolsar até 2039 no quadro das Parcerias Público Privado(PPP). Mas admite que as estimativas pequem por defeito tanto mais que «Não há nenhuma PPP que não tenha sido renegociada.» «Como é isso possível?», pergunta o jornalista. Atentem bem na resposta: «Incompetência, desleixo, deixar andar, não haver um gestor de projeto, o Estado não ter adquirido um savoir faire com a experiência.O Estado tem negociado isto através de consultores externos pagos a peso de ouro.Ao fim de 18 anos ainda não há no Estado uma unidade especializada em PPP.» Pronto, sobre responsabilidades e remédios estamos falados. Quem põe agora cobro a isto? Gradualmente, claro. Como os cortes nos salários e nos serviços sociais...»

Comments

Anonymous said…
Incompetentes ou corruptos,eis a questão.
floribundus said…
'todos no gamanço'
Eduardo Freitas said…
A propósito desta prática - "goze agora, pague amanhã" - convém lembrar que, embora a coisa tenha atingido o paroxismo com Sócrates, seguido de perto pela parelha Guterres e Cravinho, o PSD e Ferreira do Amaral não estão totalmente isentos da censura de Carlos Moreno (Lusoponte e Fertagus em particular).

De qualquer modo, e quando se olha para o perfil dos encargos do próximo futuro, só pode haver uma posição responsável: suspender qualquer nova PPP e tentar renegociar as existentes.
Anonymous said…
Viva a Carbonária.

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