O TEU VOTO, LUÍS?

Bem sei que para muitos portugueses, e para o Luís M. Jorge, olhar para o menu dos partidos disponíveis produz um irremediável fastio, mas o espectro é pelo menos vasto. O problema é estar demasiado em causa desinfectar da vida pública qualquer coisa de infecto e inaudito ao nível da Malfeitoria Política mais sórdida e contumaz. Se tivéssemos em Portugal um sujeito do perfil de Sócrates em 1917 ou 1935, estávamos literalmente fodidos como os russos e os alemães se foderam com as demoníacas figuras que os apascentaram. Graças às redes sociais e a um esforço crítico desmesurado de bloggers obscuros e opinadores jornalísticos excêntricos e ostracizados, esforço que nem assim bastou, foi-se raspando e corroendo o constructo pulha de uma imagem falsa e traiçoeira. Por isso só estamos mais falidos. Só estamos mais pobres e em risco de afundar ainda mais, se tal é possível. Não fomos mortos em massa. Agora é preciso votar pelas nossas vidas e votar pelo nosso orgulho mínimo. Qualquer pessoa, qualquer líder dos nossos infinitos partidos, da esquerda à direita, excluindo o PS, é absolutamente mais decente que a vã e sinistra figura que tivemos o azar de suportar por seis longos anos como Primadonna ou vaidosíssimo vácuo primeiro-ministro. Numa hora destas, votar em branco é votar mais negro! Quanto aos pressupostos do Luís, quem discordará?: «Podemos convidar a ruína e elevar o cinismo a uma arte menor, mas só um país com uma doença moral profunda reelegerá Sócrates. Isto é importante, porque é a minha única certeza.» Luís M. Jorge

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