INGLORIOUS BASTARDS, UMA CRÍTICA
Tarantino, um dos raros tremendistas da realização cinematográfica, pode variar de tema e até de época tematizada, mas a mensagem transforma a suas obras em clássicos ao incidir sobre os delírios da espécie humana no seu combate autofágico e experiência de limites. Em Inglorious Bastards, a Segunda Guerra Mundial fornece somente um pano de fundo histórico onde o ficcional tarantineano se entrelaça com as implicações sistémicas do tempo presente, incomparavelmente mais sofisticado e nem por isso menos capaz de carnificina, muitas vezes uma carnificina bem no centro da sua sofisticação. Inglorious Bastards estreia num contexto beligerante, com as problemáticas iraquiana, afegã e iraniana sob um manto de incerteza e tensão inquestionáveis. É ironia subjacente à arte denunciar a violência, porque a expõe e a explora, e ridicularizar novas derivas de Falcão. Porque a geração Bastards resiste e prossegue: «... ao centrar o filme, com uma expressão quase teórica, no poder das imagens e das palavras, no poder da linguagem visual e da linguagem falada, Tarantino conquista-lhe uma dimensão fria, "intelectual", nem por isso demasiado subterrânea, que transcende em muito a questão da Segunda Guerra Mundial.»
Comments
I watch and loved it from the beginning.
All characters are great, and Christopher Waltz are amazing.
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