PSD, REFORMAR SEM ESTUPRAR

Houve qualquer coisa de demoníaco ao longo da legislatura cessante. A governação foi ainda mais um enorme biombo a acobertar desonestidades de vário tipo, fora do escrutínio dos Cidadãos e das boas práticas de transparência. A necessidade de reformas foi entendida como forçosamente fracturante, violentadora, atentatória da recta razão e do elementar bom senso porque executada de forma unívoca, impositiva, fazendo do Governo herói corajoso para um punhado de avençados do Poder, mas para a grande maioria dos portugueses certamente um algoz desastrado e desproporcional. Hoje é extensa a revolta e indignação que grassam pela sociedade portuguesa. Interessa primeiramente varrer do horizonte do Poder quem, uma vez [publicitariamente enganoso] eleito, dele se apossou glutoneira, ávida, desastrosa, chavística, penduricalhescamente, ignorando que governar é federar vontades e não esbulhá-las e humilhá-las repetidamente. Essa mole de portugueses resguarda-se no silêncio, por autodefesa, mas está lá, ciente que a imoralidade e a mentira não têm direito a segundo take. A sensação de injustiça e de absurdo transpassou Portugal, graças à Vaidade e à Estupidez de um só. Somente muito mal informados e tendenciosos não compreendem que a arte de reformar envolveria profundos consensos e diálogos fecundos, pressa nula, e não esbulhos morais, criminosos saques fiscais sobre os mesmos, sob o respaldo de uma maioria absoluta, pretexto afinal de abusos e discricionaridades amplamente documentadas. Por entender isso mesmo, o PSD comparece na cena mediática com propostas programáticas-adesivo e gaze que afinal visam curar as feridas rasgadas e expandidas pelo pseudo-reformador violentador PS-Governo. É pelo menos o que parece e que urge fazer parecer. Estaremos aqui para aferi-lo ou exigi-lo: «Afinal, há uma proposta bombástica no programa do PSD: os sociais-democratas defendem que deve ser alterado o regime remuneratório dos magistrados, de maneira a incluir uma parcela variável, que fará aumentar o ordenado consoante o mérito de cada profissional.»

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