A CURA QUE MATA
O plano socialista para reduzir o défice é esperar. Esperar acima de tudo no plano político porque nenhuma indignação aflora nem há massa crítica para antever a cruz de vida para 2011. Com paciência e lata, os socialistas esperam que passe o amuo com que o eleitorado os contempla. 2010 provou à saciedade que o Partido Socialista não leva a governação a sério, senão pelo lado do spin marketingesco da imagem e da ilusão. O amadorismo e baixo perfil da governação engolfaram-nos. É um País sem mais desígnio que ficar à espera de Godot. Há muita coisa por que esperam os socratistas: o impacto positivo na despesa das energias renováveis e da produção pelas mini-hídricas, ignorando e desprezando olimpicamente a agricultura para a qual nunca existiu qualquer discurso ou entusiasmo. Apertados de fisco e de baixa salarial, veremos a taxa de crescimento portuguesa para 2011 ser praticamente nula. A austeridade sentenciará de garrote e retrocesso a consolidação orçamental. Levados, de pior em pior, pela cura que mata.
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