PÔR COBRO

A Conferência Episcopal Portuguesa anda muito activa, mas faz-me lembrar o Presidente da República que se fechou em copas ao longo de meses, anos, enquanto o circo socratista empenava o País e locupletava os seus apaniguados à fartazana. Cavaco e a CEP assemelham-se na mesma amarela, frouxa, ausência de profetismo corajoso e profiláctico, sobretudo num tempo em que o socratismo silenciava, tornava irrelevantes e ridículas tantas vozes adversas a si. CEP e Presidente foram calando a espessa névoa de mentira e esmagamento das pessoas que uma coisa sórdida e insensível como Sócrates e os seus sequazes praticaram, sorrindo, com muita festa, imagem, show de luzes. O pacto de silêncio com que o Cardeal Patriarca abençoou o estrume socialista foi por demais notório do aborto à agenda gay. Com eterna pertinência tardia, a CEP manifesta-se agora contra as medidas de austeridade que têm sido tomadas pelo Governo, porque de modo nenhum são acompanhadas da correcção dos desequilíbrios inaceitáveis terceiro-mundistas na distribuição da escassa riqueza e são consabidamente grosseiros os provocantes atentados à justiça social. Pôr cobro, como a CEP sugere, à atribuição de remunerações, pensões e recompensas exorbitantes já vai tarde. A partir de agora, para combater a retórica rasca socialista de ir perdurando apodrecidamente e a sua práxis de despedimento sumário dos mais fáceis de despedir, só mesmo com uma sementeira de tomates de magno calibre. Em terra que relegou produzir o que come, todo o castigo é de menos e nenhuma vergonha adicional de mais.

Comments

joão severino said…
Um texto excelente. Parabéns, Joshua. Sempre o melhor entre os melhores. Abc
José Domingos said…
O texto diz tudo. Atrevo-me, a questionar, se ficará bem, usar, por cima da sotaina, um avental

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