O QUE EU DISSE AOS MEUS ALUNOS

Quando começámos, eu disse aos meus alunos que a inteligência formal ou cognitiva não bastava. Teríamos que crescer e desenvolver a inteligência emocional, a sabedoria das relações, o pressuposto de que a harmonia num grupo tão alargado de vinte e sete alunos exige qualquer coisa de absolutamente genial e articulado: a paciência, o desejo de aprender, a assimilação e prática de algumas regras elementares as quais, uma vez desrespeitadas merecerão a devida e atempada punição. Só com muita autodisciplina e muito amor fraterno consciente e praticado será possível construir-nos para a vida em sociedade. Não disse que o mais fácil é fazer aquilo em que a Parque Escolar luxou e muitos patetas deslumbrados, completamente desencarnados do que é ser gente, descrevem com igual deslumbramento patético apoiado no dinheiro que não há e bem falta faz à dignidade de vida de milhões de portugueses rústicos: luxuosa biblioteca, equipamento informático, cozinha hi-tech, refeitório, campos de jogos e horta pedagógica, sala para crianças autistas, equipada segundo parâmetros do método TEACCH, ou seja, Treatment and Education of Autistic and related Communication Handicapped Children. Um dia perceberão.

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