OÁSIS LIXADOS

Objectivamente, estamos cada vez mais pobres, nós, cidadãos desempregados ou chulados e lixados de pura exploração. Nós, que não somos assessores governamentais. Nós, que não temos vinte e quatro anos de idade, portanto uma 'enorme' experiência, que justifiquem vencimentos mensais brutos a roçar os 5069,34 euros, no Ministério da Economia. Mas, vá lá, no meio deste fosso, há algumas empresas públicas, e mesmo a Galp do Amorim, que estão a comportar-se maravilhosamente, com resultados operacionais positivos, fazendo justiça ao princípio exigido externamente [Troyka] e pelo Governo de que tais empresas têm de ser equilibradas. Claro que estas boas notícias não vão salvar-nos da cruz dívida, madeiro a que a política, essa rameira [amiguista, dos tachos, das cunhas, dos jeitinhos, dos favores], nos pregou por muito e bom tempo, como no-lo recorda Pedro Santos Guerreiro: «Os casos de resultados operacionais positivos têm sido aqui amiúde destacados, como o da Carris e o dos STCP. O problema é a dívida. Porque foi com dívida que, ano após ano, se tapou o desequilíbrio operacional e o fluxo de investimento, muitas vezes desnecessário ou ruinoso na sua execução, com derrapagens intoleráveis, mas toleradas. A dívida "em armazém" é gigante e é um problema do Estado. A dívida alegremente contraída será tristemente paga por nós.»

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