CAROLINA PATROCÍNIO, A EMPREGADORA


Superficialidade, futilidade, propaganda, looks e esterco ético acompanham a estratégia de este PS: «Agora, a menina, uma apresentadora de televisão da geração morangueira açucarada, transcendeu-se e disse numa entrevista que só come cerejas porque a sua empregada lhe tira os caroços das ditas. Eu acho bem. Com mais de meio milhão de desempregados, sabe bem saber que ainda há quem possa dar emprego a outras pessoas, nem que seja para tirar os caroços das frutas. Não deve haver nada pior para as unhas de gel do que o ácido e a glucose da fruta. Carolina está, pois, certa, empregando alguém para os caroços. Apenas espero que lhe paguem tão bem que lhe seja possível ir ali ao centro de emprego mais próximo e recrutar uma mão cheia de desempregados, para os quais me atrevo desde já a deixar aqui algumas sugestões: tirar os ossos da carne, as espinhas do peixe, as nódoas da roupa, arranjar as máquinas lá de casa, forrar sofás, escolher cortinados novos de três em três meses. Sócrates escolheu, assim, a Carolina certa para combater o desemprego.» Jorge Ferreira, Novo Rumo

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