JAD NUM PAÍS OBSTIPADO

Fica a sensação de que JAD, o Furacãozinho Parlamentar de 2003, um dia liderará um Partido, um Banco, uma Empresa, uma Farmácia. De momento tem personalidade e independência a mais para seguir a cartilha do Bloco de Esquerda à risca numa obediência sem margem para divergir ou inovar. Podemos perceber-lhe qualidades de disputa de liderança interna a médio prazo nesse partido, pelo que alguém achou melhor conservá-la numa espécie de calusura virtual, longe da Mesa Nacional do BE e do acesso a cargos de representação, factos para os quais o acatamento da militante parece estratégico, dado o crescimento do partido. Joana Amaral Dias tem tempo para um dia fulminar um País saturado de políticos de carreira nula, obstipado País dos lugares políticos cativos, dos cargos vitalícios, das responsabilidades por inerência, sem o mérito da conquista e da competição, onde a mediocridade campeia, assim como o favoritismo e o amiguismo. Pelo menos evidenciou no imbróglio Paulo Campos que não é artigo de mercearia: «Foi precisamente pela porta de um partido, o Bloco, que Joana entrou no Parlamento no início de 2003 para substituir Ana Drago. Lá esteve durante sete meses. O suficiente para se fazer notar na oposição à guerra do Iraque e na denuncia do caso dos nitrofuranos que abalou o ministério da Agricultura tutelado por Sevinate Pinto. "Notava-se que a adrenalina disparava quando ela chegava ao Parlamento. Era um furacãozinho", revela a mesma fonte recordando os posters e cachecóis do Futebol Clube do Porto no gabinete da deputada.»

Comments

Quint said…
Não tenho bem a certeza se a JAD, como lhe chamas, não é mesmo artigo de mercearia!

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