BRICABRAQUE MORAL: NÃO GOSTO!

A audição de Jorge Silva Carvalho é um pro-forma e uma treta tal como será ouvir Júlio Pereira, secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa, (SIRP). Ao longo de seis anos, testemunhámos os efeitos da guerra político-económica entre apaniguados do PS e do PSD, o estatuto das empresas amigas do poder político socialista e as dificuldades das ostracizadas. Vimos os frutos das divisões PS/PSD no seio da Justiça, quanto mais no seio das secretas. O resultado é que o ex-director do SIED fale muito e nada diga, escapando aos problemas e às lebres com declarações escritas, tipo «Nunca violei o segredo de Estado e tal, nunca violei o segredo de sigilo e não sei quê.» Diga o que disser, não gosto. Não gosto da espessa conivência do passos-coelhismo com os podres nunca hostilizados, nunca expostos e nunca perseguidos do socratismo. A escandalosa e estranha intrumentalização do SIED e do SIRP para efeitos político-económicos deveria merecer um posicionamento bem mais independente e assertivo. Que há a temer? Quem há a temer? Audições e inquéritos à portuguesa continuam a grande treta que sempre foram e nem o passos-coelhismo veio pôr cobro a esse imenso teatro estéril, bricabraque moral, pastoso faz-de-conta.

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