ENTRE O ZURRO E ZORRINHO

Gostaria de saber quando é que pessoas aparentemente espertas deixam de se metamorfosear em animais da hipérbole e bestas dos grandes jogos retóricos florais-verbais, mal lhes acontece ser deputados. Esterilidade. E apenas para fosforescerem no fogo-fátuo mediático ou para engrossarem o acervo de anedotário chulo que impregna as galerias de S. Bento, mas vale Zero na construção do bem nacional. Zorrinho ou Assis é, pois, tudo a mesma coisa, excluindo o talento e a experiência a discursar e a liderar. Iguais na hora de dar uma no cravo e outra na ferradura. Iguais ao declarar ruptura com o passado, mas ao mesmo tempo orgulhar-se dele. Nunca perceberemos de que lado sopra sincero o vento da contrição socialista. Ah, é verdade. Não sopra. Redundantes, contraditórios, nos seus fogachos, Zorrinho e Assis, que não são pobres nem vivem em apertos, nem percebem a figurinha deprimente e desalinhada em face das prioridades postas em cima da mesa. De ambos se esperaria, agora, embora remota, alguma inteligência e capacidade de construir, federar, após anos de submissão asna e zurrante e séculos de obediência cega e obstinada ao socratismo. Estranho não se terem perdido na mesma voragem de um exílio doido parisiense. Incendiada e ardida a casa comum, evaporar-se o morcego culposo no quentinho obscuro de uma capital luxuosa qualquer é de mestre.  

Comments

Miguel said…
O Assis não tinha dito, no fim-de-semana que não ia andar por ai?
floribundus said…
Zorro em versão infantil
zurro em versão asinina
Anonymous said…
Este PS, vai ter algumas costelas partidas com esta liberdade de voto (bem intencionada)porque a liberdade de Zorro começa com liberdade que Assis tem. Por isso, em política, não se pode condenar quem quer servir o país, bem ou mal, porque o que vale é a intenção de servi-lo. Se não fora assim, quem quererá fazê-lo?.
Nota: Já agora solicito para esclarecimento, se possível, o que é o "Escravo Português".

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