ENTRE O ZURRO E ZORRINHO
Gostaria de saber quando é que pessoas aparentemente espertas deixam de se metamorfosear em animais da hipérbole e bestas dos grandes jogos retóricos florais-verbais, mal lhes acontece ser deputados. Esterilidade. E apenas para fosforescerem no fogo-fátuo mediático ou para engrossarem o acervo de anedotário chulo que impregna as galerias de S. Bento, mas vale Zero na construção do bem nacional. Zorrinho ou Assis é, pois, tudo a mesma coisa, excluindo o talento e a experiência a discursar e a liderar. Iguais na hora de dar uma no cravo e outra na ferradura. Iguais ao declarar ruptura com o passado, mas ao mesmo tempo orgulhar-se dele. Nunca perceberemos de que lado sopra sincero o vento da contrição socialista. Ah, é verdade. Não sopra. Redundantes, contraditórios, nos seus fogachos, Zorrinho e Assis, que não são pobres nem vivem em apertos, nem percebem a figurinha deprimente e desalinhada em face das prioridades postas em cima da mesa. De ambos se esperaria, agora, embora remota, alguma inteligência e capacidade de construir, federar, após anos de submissão asna e zurrante e séculos de obediência cega e obstinada ao socratismo. Estranho não se terem perdido na mesma voragem de um exílio doido parisiense. Incendiada e ardida a casa comum, evaporar-se o morcego culposo no quentinho obscuro de uma capital luxuosa qualquer é de mestre.
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zurro em versão asinina
Nota: Já agora solicito para esclarecimento, se possível, o que é o "Escravo Português".