O FAISÃO E A BROA

«Num livro que estou a ler, encontro, escrito por uma socióloga: "Esta ideia da casa portuguesa que o regime (refere-se naturalmente ao Estado Novo) se empenhara em divulgar, uma casa humilde, mas imaculadamente limpa, esta era afinal uma ficção recriada a partir de uma visão idílica (naturalmente de Salazar) da vida campestre. A visão de Salazar poderia ser idílica, mas era a visão de um homem que conhecia bem o país e as suas gentes, que tinha a noção exacta das suas limitadas possibilidades, que sabia bem que não se pode comer faisão quando o dinheiro que se ganha honestamente mal dá para broa. Infelizmente os seus detractores queriam faisão e foi esse querer que fomentou a dívida astronómica que temos de pagar.» Anónimo

Comments

Pelos vistos e por essa ordem de ideias, férias no Brasil seriam só para alguns; os eleitos, os fovorecido, os bajuladores, as vozes do dono. O restante, ou antes, a esmagadora maioria que fosse a butes ou de comboio para Santo Amaro de Oeiras, lancheira a tiracol e cantante aos berros. Realmente o bota de elástico ou a besta negra ainda tem por cá muitos serviçais.
joshua said…
Tenho família no Brasil. Andei a pé todo o ano e fiz toda a espécie de sacrifícios para poder ir, assim como quem está do lado de lá porque sou pobre. Nem tudo é o que parece.
floribundus said…
esta merda é bem pior que a 2ª republica

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