TUMULTO NO TÚMULO PORTUGUÊS?

Seis anos de governação socratinesca tumultuaram Portugal que chegasse ainda que hoje muitos sem-memória renasçam para a magna camuflagem de tantas culpas no cartório. Além da crispação estéril na sociedade, do dividir para reinar e do discurso frei-tomás, no socratismo sobejou a rapina, o deslumbramento novo-riquista e a devastação do erário sem sombra de pudor. Tudo isso servido com toneladas de aparições socratistas, de homilias esbracejantes socratistas, de vasta e omnipresente exposição mediática odiosa socratista, vendendo-nos a banha da cobra como se fôssemos completamente parvos. Quem, apesar de tudo, votou nisso, superou o recorde de estupidez e de cegueira. Todo o pessoal amancebado com essa lógica estritamente propagandista sabia ao que vinha e estava em contagem decrescente até que Portugal estourasse e o povo se fodesse completamente. Benditas eleições! A isso o Executivo passos-coelheano procura pôr cobro. A Toyka impõe-no, recorde-se tal pormenor aos amigos do protesto tardio. Portanto, quem puder trabalhar, não hesite, trabalhe. Quem puder emigrar, emigre. Poupar. Resistir. Aguardar. O fermento pittalhista, valupista, corporativista, segue sendo bafo fétido provindo directamente do inferno, vendendo teses revisionistas e reabilitacionistas do socratismo como se vendem cuecas na feira, incapazes de resistir a um mês de uso para todo o serviço. Todos os que desejam acender o protesto, tivessem protestado cedo, quando a imoralidade e a irresponsabilidade sem freios se chamava socratismo. Mesmo sindicatos não passam de lesmas que não sujam as mãos nem se desviam de chavões gastos e palavras de ordem sem sentido, incapazes de alternativa e sobretudo continuidade. Só capazes de folclore e fingimento. Existem para negociar em favor dos seus quadros sindicais nas empresas e nas estruturas que supostamente representam. Andam a reboque do inevitável, sem força, sem moral, sem um discurso inteligente e construtivo. O Governo chama-se Troyka. Ponto. Não vale a pena bater com a cabeça na parede. Aliás, o túmulo português, como se sabe, não tem vocação para vandalismos nem tumultos nem arruadas, nem arruaças. É túmulo: jaz e escorre devagar, entre novelas e futebol. Quanto a si e quanto a tudo, depois vê-se.

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Isto dava um RAP!

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