SÃO JOSÉ ALMEIDA E A "VÍTIMA"
Lê-se hoje São José Almeida no Público e, desgraçadamente, fica-se a saber que há uma vítima em Portugal. É José Sócrates. Não somos nós depois dele. Não é Portugal após a sua obra ruinosa. Não é isto que nos faz sofrer e vem da incúria por grosso. Não. Vítima é sua excelência. É trágico que ao mesmo tempo que temos um discurso criminoso e merdas, como o do Val-de-Broches, temos também de levar com a retórica de pau da São José Politiqueira Almeida. Começa por insinuar que o Presidente da
República nada tinha a dizer no prefácio ao último
volume dos seus discursos
de mandato, quando se aliviou acusando formalmente o
ex-primeiro-ministro José Sócrates de falta de lealdade
institucional, isto, para ser brando. Escreve, pois, a apóstola e isentíssima socialista São José que «A vítima de tão pesada
acusação institucional e política,
José Sócrates, desempenhou o
mandato de primeiro-ministro
em representação do PS. Mas
a direcção do PS não se sentiu
compelida a oficialmente defender
o bom-nome do seu ex-líder,
acusado institucionalmente de
uma falha de cáracter grave pelo
ocupante do lugar de topo na
hierarquia do poder institucional.» Vítima? Mas que é isto, São José?! Nós, sim, somos vítimas dele. Ele vitimou-nos. Passou impune e imune no caso da nula licenciatura na Independente, nos lixos iMorais da Cova da Beira, na vergonha supersónica anti-flamingos Freeport, na conspiração grosseira do Face Oculta. Como poderia, portanto, António José Seguro defender um cabelo de semelhante percurso?! São José Almeida deveria saber para quem escreve. Estamos a vê-la e ela vai nua porque é mais uma a beatificar cretinos, comprovadamente descontrolados e ávidos sobre dinheiros públicos, como se, mesmo assim, fossem passíveis de bom-nome ou de honra. Hello, São José, em que País vive a menina?!
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