ALAN STOLEROFF E A GREVE DOS ESTIVADORES

A minha primeira leitura do dia foi extremamente agradável. Muito bem redigida, esta espécie de estudo de Alan Stoleroff sobre as «grandes transformações na operação dos portos» e o obstáculo a essas transformações levantado pelo «Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal», está, no entanto, viciada já que aprioristicamente apresenta como bitola base explicacionista a obsoleta luta de classes. Visto e revisto de fio a pavio, dei por mim a interrogar-me: mas então a actividade dos portos tem como fim os interesses corporativos dos estivadores?! E a competitividade no plano europeu e mundial?! E o imperativo sócio-económico da respectiva rentabilidade operacional e a melhoria dos desempenhos?! Por alguma razão, e isto é que nos interessa a nós, cidadãos, removidos obstáculos semelhantes, só o porto de Leixões apresenta, em todo o território nacional, se não erro, resultados líquidos positivos. A greve em decurso é uma pedra na engrenagem nacional, especialmente neste contexto de matar ou morrer na ponderosa e desfalecente questão do PIB, do aumento das exportações. Provavelmente, o Sindicato em causa não pensa no País, só nos direitos obtidos e consagrados num tempo passado e esfumado.

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