CONCEPÇÃO OLIGÁRQUICA DO PODER

«No Câmara Corporativa (raio de nome!) João Magalhães resolveu comentar o meu post Corrupção. Os corporativos perderam o tino com o caso Freeport. Só assim se explica que oito dias depois do meu post eles se tenham baseado nas declarações do mesmo inglês que falava no video para me responderem. O Smith que mentia a 17 de Abril pelos vistos agora fala verdade a 25 de Abril. Enfim acho que os corporativos já deviam conhecer o senhor Smith para não se lhe colocarem nas mãos. Depois se João Magalhães lesse e ouvisse em vez de procurar apagar fogos perceberia que nunca escrevi que considero Sócrates culpado no caso Freeport . Escrevi até que provavelmente o outlet Freeport é do ponto de vista ambiental uma melhoria em relação ao que lá estava. Tenho ainda a convicção mas posso estar enganada mas para já é o que penso que provavelmente todo o licenciamento anormalmente rápido do Freeport terá corrido dentro dos procedimentos. Porque o problema está exactamente aí: nesse nó de regulamentos que não defende os interesses do país antes servem para tornar possível a alguns o que se proíbe a todos os outros. Nesse nó de regulamentos que inferniza e esbulha qualquer um de nós mas legalmente tolera o impensável a alguns, o que melhor representa os governos de Sócrates é o conceito dos PIN versus regulamentos dos parques naturais: instituem-se condicionantes em alguns casos criminosas para os seus habitantes e autoriza-se tudo e mais alguma coisa a quem conseguir um PIN. Não sei se Sócrates é corrupto e espero bem que não seja. E sobretudo espero que deixe de ser primeiro-ministro não por ser arguido mas sim por os portugueses se fartarem dele e da sua concepção oligárquica do poder e da legislação.» Helena Matos, Blasfémias

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