REMATADO ERRO. ESCÂNDALO CRASSO
Bastou uma semana, após o foguetório preso contra o Enriquecimento Ilícito, para os partidos trocarem as voltas e enveredarem por um caminho largo que susceptibiliza a corrupção e os compadrios, envolvendo-os a eles mesmos nesse perigo potencial. Escandaliza sobremaneira aprovar-se uma lei [«A nova lei aumenta praticamente para o dobro (de 2500 SMN para 5000 IAS, quase um milhão de euros a mais) o limite máximo de despesas realizadas na segunda volta das eleições presidenciais. E reduz a metade o número de votos que um pequeno partido tem que obter para ter direito a receber subvenções públicas: em vez de 50 mil votos, basta-lhes conseguir 25 mil.»] que é o grau zero da seriedade e beneficiará potencialmente toda a espécie de organizações partidárias e para-partidárias, especialmente e sobretudo as que fizeram mais 'amigos', serviram mais 'interesses', se prostraram e prestaram diante dos Empórios que gravitam, Orçamento após Orçamento, em torno do nosso dinheiro. Ora são esses partidos, e esses partidos são desde logo e à cabeça o PS, que se preparam para enriquecer ilicitamente por muito que o legitime a lei. Partidos ricos somados a instituições com gastos sumptuários, entre populações cada vez mais mal servidas politicamente, politicamente traídas no Ambiente pela ganância dos empreiteiros mais as suas estradas redundantes e repetidas, por essa mesma ganância sem sentido. Isto é um Escândalo, digno da mais ultrajada rebelião. Efectivamente ouve-se falar de um consenso partidário na orgia, consenso no regabofe, consenso na imoralidade. Se o deputado Seguro é a única excepção, não é de estranhar porque se mostra o único incapaz de atraiçoar a nossa sensibilidade e percepção das coisas: «O deputado socialista António José Seguro vai “furar” o consenso partidário e votar contra a alteração à lei do financiamento dos partidos, que prevê um aumento significativo nas receitas em dinheiro vivo e que a Assembleia da República vai hoje aprovar.»
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