BIGODE EXPIATÓRIO
Há sempre um bode ou bigode expiatório menor a actuar com todo o voluntarismo pessoal e "independente" no "diálogo" em nome do Partido e a assumir depois, se preciso for, todo o ónus, tal como Pinho e os Cornos. Paulo Campos, secretário de Estado adjunto das Obras Públicas e Comunicações, admitiu esse mínimo, se bem que manter «contactos pessoais e privados» seja uma impudica e indiscreta alusão a intimidade e a sexo. A linguagem deveria ser outra. Mais bem escolhida. Eis portanto, um partido com válvulas de escape, caso as coisas negociais não corram bem, que ilibam naturalmente as cúpulas crápulas. O Paulo não supôs por um momento que a coisa poderia dar estrilho?! Não, que a mala estava recheada de argumentos insultuosamente sedutores, só recusáveis por uma fêmea 007 recheada de carácter. Cada vez me convenço mais de que Joana Amaral Dias, fora da cúpula política do BE e ex-deputada desde o incidente Soares, era o engodo lançado ao PS, a ratoeira posta ao PS, o chamariz atirado ao PS. E funcionou: «...segundo a "Visão", Paulo Campos terá dito ter “carta-branca” do secretário-geral do PS, José Sócrates, para escolher um nome para o acompanhar nos três primeiros lugares da lista por Coimbra. E foi nesse pressuposto que decidiu, primeiro, sondar a sua amiga, antiga deputada do Bloco de Esquerda.»
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o senhor pulo campos é um exibicionista.