FESTA, CHAMPANHE E SERPENTINAS
A absolvição, em Portugal, é uma espécie prerrogativa de suserania. Tornou-se num absoluto lugar comum sobretudo para certas personalidades longamente marinadas nos Media, como a simpática Fátima Felgueiras. Já estamos habituados a estas absolvições. O suserano é sempre absolvido. Pode, sim, senhor, haver arguidos, notificados, ir-se a julgamento. Mas tratando-se de suseranos, a absolvição é garantida. Às vezes até se muda a lei à pressa e se cumprem prescrições só para bater certo com a absolvição do suserano. Todos os demais cidadãos são vassalos ou são nada e são obviamente passíveis de condenação se incorrerem em delito. Quanto à suserania e à absorção de Portugal por um Partido com tal perfil suseranesco e vassalizante que coordena todos os subterrâneos da Justiça, sente-me muito isso quando se ouve o Habituem-se António Vitorino a discursar. Ele tem tiques, enfim, de suserano! É um exemplo, tal como Almeida Santos lembra Armand Jean du Plessis, Cardeal de Richelieu, mas do laicismo e da maçonaria com estômago, muito poder e liberalidade para dar cargos, honrarias, prebendas a quem lhe aprouver, comércio de gratidão. Como diria Guterres, «é a vida» portuguesa odorosa a esgoto. Hoje, cocktail, champanhe e serpentinas, com Lopes da Mota e tudo, no sítio do costume: «O Tribunal de Felgueiras absolveu hoje Fátima Felgueiras de todos os crimes de que era acusada no denominado processo do futebol. A autarca estava acusada neste processo de sete crimes de participação económica em negócio e um de abuso de poderes sob a forma continuada. Havia, ainda, outros nove arguidos.»
Comments
Da absolvição da senhora e por causa da trapalhada que para aqui fazes.
Que é que caralho o António Vitorino tem a ver com isto?
Ou o Almeida Santos?
Porque é que raios não te deu para falar no Francisco Assis, de quem nem gosto por aí além e que lá levou e bem?
Mas isto é matéria de convicção. A minha. Lá se vocês os dois têm razões para outras convicções na Justiça. Tenham-nas pr'aí. Ou teremos de ser unânimezinhos nisto?!
(Escrituras Sagradas)
E, se não há um (1) juiz, nem um (1) sequer, nesta PORTUGÁLIA REPÚBLICA, reste-nos, João, crer e esperar na temível justiça infalível divina, em estes dies irae, terrífica, sem apelo nem agravo, se não misericordiosa.
Pois se sem Deus tudo nos é permitido, como Dostoievski profetizou n'Os Demónios.
(comment agora mesmo postado por mim in
http://portugaldospequeninos.blogspot.com/2009/07/parabens-prima.html
)
Se o analista não tem condições intrínsecas para fazer o trabalho, de que serve ler manuais e procedimentos...?!
Com magistrados "feitos" a "martelo", ou de "aviário"... que se pode esperar da justiça portuguesa...?!
Enquanto se não voltar ao sistema antigo, com magistrados experientes, a sério, em vez dos imberbes e medrosos, que hoje pululam pelos tribunais, ir-se-ão sucedendo "análises de provas" e sentenças perfeitamente rocambolescas... para descrédito total da Justiça em Portugal e lesão dos legítimos direitos dos cidadãos.