CRÓNICAS DE PAÍS ATRASADO E CRUEL

Enquanto o Ministro Lino emprega a grande ritmo gente do PS para não fazer a ponta de um corno (posta a mamar à grande e à francesa nas tetas ressequidas do Estado pelos últimos meses da legislatura) há falta de médicos em pleno epicentro da sazonalidade turística, Algarve, bem como interior e litoral alentejanos. Portugal é um país atrasado que não dispõe, dentre os seus, de quem precisa onde deles mais precisa. A gestão dos activos humanos é um permanente desastre desmobilizador, instigador à emigração. Só um país atrasado pode consentir passar quatro anos e meio a ver de uma forma ou de outra fustigados, comprimidos e tratados abaixo de cão pelo Governo cidadãos formados, licenciados, doutorados, varredores, caixas em supermercados e recolectores de fruta, sem uma reação, um gesto reprovador, uma manifestação verdadeiramente marcante contra um Poder de inédito autoritarismo. País soporífero! País dormente: «Ontem, no Centro de Saúde de Quarteira, Rolando, utente daquela unidade, aguardava por um consulta desde as 10h. Passava das 15h e ainda se encontrava em quinto lugar para ser observado. "A médica foi simpática, porque eu não tinha consulta marcada." O que o levou a procurar assistência "foi uma dor forte no braço, seguida de inchaço". Cá fora, o genro de Gertrudes Martins, diabética e cardíaca, protestava: "Não sei para que pagamos impostos. Quando chegamos aqui, somos sempre mal servidos. Entrei numa lista, em que estive mais de dois meses à espera. Acabei por ter que pagar uma consulta particular".»

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