VACINA A SÉRIO SÃO ELEIÇÕES

Com tantos problemas sérios a comprometer a viabilidade de Portugal, calhou na rifa dos deles agravadores-PS e gestores de erros próprios-PS, o folclore salvífico da Gripe A, com o qual se entretêm as massas e se põe uma ministra entaramelada a empastelar leitura de relatórios pastosos pelas TVs. Dentro da linha demagógica de actuação geral governamentalesca (onde imperam Fulgurâncias de Circo e obstinado Furto de Pão) só poderia dar em anúncio. Mais um anúncio. Que se anuncia? Anuncia-se ir gastar-se quarenta milhões de euros em vacinas «aquisição de três milhões de vacinas contra a gripe A, correspondentes a seis milhões de doses, que deverão estar disponíveis no prazo máximo até Janeiro». Tendo em conta os milhões sucessivamente anunciados para tudo e para nada que depois ninguém confirma e sobretudo ninguém sente, corre-se o risco de ser este mais um daqueles arremeços de dinheiro da boca para fora somente para sossegar a populaça, a qual, aliás, se soubesse da missa a metade, há muito teria defenestrado uma seita de pantomineiros, peste moral desgraçadora do País para cuja cura só umas eleições exemplares, exemplarmente participadas. Venha Setembro para uma vindima de liberdade e refrigério da tirania incompetente sub-reptícia em decurso. Venha, refresque e normalize um País cansado, submetido por tempo de mais a uma espécie de reles máfia siciliana tentacular, controleira, abafadora, que se alcandorou ao mais alto nível para nos arrojar ao mais baixo nível. A Gripe A é incomparavelmente mais benigna e menos pestífera: «“Não sabemos ainda exactamente quando estarão concluídos todos os procedimentos de produção das vacinas, assim como os ensaios clínicos necessários para que seja ministrada em condições de segurança”, justificou.»