PINHO TEM SÓCRATES BY THE BALLS
Esse grande espertalhaço da lata malfeitora e trapaceirista, Sócrates, o grande vilipendiado e satirizado da bloga por todas as boas razões que Paulo Querido*, dadas as suas opções e gratidões, nunca vislumbrará, deve ter feito um enorme inimigo a partir do ex-ministro Pinho, embora só mais tarde tal se venha a revelar em todo o seu esplendor. Aquele homem com perfil de japonês e cara de menino da primária com bibe deve saber mais que o que pode contar. Em certo sentido, deve trazer o Ainda-PM by it's small and pinky balls. Primeiramente, é necessário, a bem de Portugal, que a Queda de Sócrates se concretize. Que o indivíduo enfrente a Justiça do Voto e a chamada Justiça Justiciária e Mediática, crivando bem crivado um passado cheio de grossas derivas irregulares e um presente governativo que não parece diferir em nada daquelas sombras passadas, indiciadoras de um carácter deformado e deformador da realidade. Recorde-se o estado de guerra fria intestina ao País, a crispação estéril gerada entre os portugueses, o empobrecimento deliberado da Classe Média que a sua governação representou e não são coisas a que se possa sorrir. Pinho e Sócrates não estão de bem. Cem empresários a elogiar Pinho é desagravo não extensivo a um Governo, que é péssimo. Na verdade, o respaldo absoluto que esta gente se prometeu, Pinho, demais membros do Governo e Sócrates, todos de pedra e cal, apesar de tantos deslizes, um respaldo no matter what, foi afinal grosseiramente violentado por Sócrates. Sob cerco da Oposição e da Sociedade, por um gesto corneante que não rasura um homem nem as suas noites sem dormir, Sócrates cedeu ao formalismo e deixou cair um ministro que se sentia seguro como todos os outros, apesar de falhas de substância que há muito justificariam demissão. Pinho nunca lhe perdoará a fraqueza e a deslealdade socratinescas, quando mais precisava de protecção e condescendência. É uma questão de tempo até pelo menos o eleitorado fazer evacuar um gigantesco equívoco chamado Sócrates: «Virgílio Vasconcelos, administrador da Bi-Silque, líder na produção de quadros interactivos, considerou que Manuel Pinho "teve um bom trabalho enquanto ministro" e "foi um indivíduo incansável que se sacrificou profundamente pelas tecnologias ligadas à energia".»
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* Paulo Querido ainda não interiorizou a verdadeira diferença, na bloga, entre lixo e objectividade jornalística: na bloga só há lugar a liberdade editorial absoluta e a qualidade é um factor flutuante, mais jornalístico ou mais literário Depois, uma certa bloga com agenda, institucional, com direito à frisa na BlogConf serve e é servida pelo Poder que está ou pode estar (PS/PSD). Paulo Querido serve o Poder que está, nem que seja por não o molestar de maior. Outros, como eu e milhares, batem-se por uma Democracia Participada Civicamente, pelo Pluralismo Parlamentar, pelo fim das maiorias absolutas demagógicas e mentirosas, maiorias bem longe dos desígnios de promoção das pessoas, investindo muito mais no reforço dos Fortes, do seu Poder, dos valores do Lucro e do Dinheiro sem qualquer bondade e fecundidade sociais; são pela estabilidade governativa assente na tensão e na negociação apertadas e permanentes, pela transparência absoluta da Administração Pública, pelo fim de todas as nomeações de confiança política; são pelo bom exemplo e pela boa governança do Estado. Sócrates, o seu PS, e mesmo o velho PSD das décadas anteriores, estão nos antípodas disto. Se Paulo Querido ainda se entusiasma por um exercício do Poder trauliteiro, bafiento, desonesto, salazarento, corporizado em Sócrates, há que lamentá-lo profundamente. Não temos culpa, mas a verdade é que esse lixo Portugal dispensa-o bem.
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