EXTORSÃO E ESTRANGULAMENTO
Uns chamam-lhes firmes. Outros teimosos. Outros chamam-lhes asnos. Com uma economia a baquear, colapsando sob o peso do Fisco e do enfraquecimento da procura interna, o caminho razoável seria o oposto do seguido. Dar folga à economia. Mais dinheiro a circular na sociedade. Perdido por cem, perdido por mil, já que a receita baixa tremendamente, desonere-se fiscalmente as PMEs que carregam todo o País e os piores vícios do Estado às costas. Taxe-se finalmente a sério o Sistema Bancário que é um planeta de isenções e más cobranças. Taxe-se com rigor e a sério, finalmente, as grandes empresas e os portugueses mais ricos, campeões, aliás, da fuga ao Fisco, com a sua bateria de TOCs e estratagemas refinados. Por que continuarão os portugueses mais vulneráveis a suportar em cheio as perversidades sórdidas de um Estado-PS despesista com a sua vastíssima e farta clientela, os seus desperdícios em Parcerística, em Marketing Pífio, em Propaganda Debalde e exércitos de acessores a coçar a micose?! Efectivamente, o Orçamento de Estado dá de comer a quem não tem fome, ceva e faz milionários os melhor colocados na ordem do favor partidário. Extorsão Fiscal e Estrangulamento Económico permitem este estado agravado de coisas: «O défice orçamental fixou-se, no final do primeiro semestre, em 7305,8 mil milhões de euros, cerca de três vezes e meia mais do que fora apurado em igual período do ano passado e praticamente o dobro do que tinha sido registado em Maio. Uma quebra acentuada das receitas do Estado justificam este comportamento das contas públicas. [...] Do lado da receita, as principais quebras (todas perto dos 24 por cento) assinalam-se no IRS, IRC e IVA (5 mil milhões de euros colectados, contra 6,7 mil milhões nos primeiros seis meses de 2008). O recuo do imposto sobre produtos petrolíferos foi inferior a 8 por cento, enquanto o que se aplica à compra de veículos caiu 30 por cento..»
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«O mesmo adiantou que no final do ano este desequilíbrio será «muito superior ao previsto», refere a Lusa.
Numa reacção aos números hoje divulgados pela Direcção-geral do Orçamento (DGO), Francisco Louçã considerou também que o país está «a ficar estrangulado pela evasão fiscal».
Conforme disse Louçã à agência Lusa, «estes números revelam que a procissão ainda vai no adro e que o défice deste ano será muito superior aos seis por cento previstos e, em segundo lugar, que há uma crise permanente da estrutura das contas do Estado porque, não sendo surpresa que haja mais gastos porque aumenta o investimento público e as despesas da Segurança Social, por exemplo, já é verdade que Portugal tem um défice crónico de receitas fiscais».
O Bloco de Esquerda tem razão em muita coisa. Não tem é razão quando insiste em estrangulamentos por via de evasões fiscais.
Porque a verdadeira evasão fiscal é o estrangulamento brutal que os Portugueses sofrem por via dos impostos.
O Estrangulamento agora chama-se consequência do garroteamento dos agentes económicos, por uma política fiscal que levará o Estado, a ter de lançar impostos a si próprio, por ter abusado demasiado desta simbiose que se queria feliz para os dois lados.
Ou será que onde está evasão se devia ler pressão fiscal?
Não entende patavina de como funciona a economia.