OGE DA TRAPALHEIRA


Num texto carregado de furiosa ironia, Helena Matos coloca,
não apenas o dedo, mas o braço todo na ferida. A palhaçada mediática
que representou a apresentação tripartida do OE não tem lá muito por onde
possa ser desculpada. O Ministro Teixeira dos Santos tem
apanhado com elogios de muitos e impensáveis quadrantes
e anda deslumbrado, mimado e trapalhão: ao falar,
não cabe em si de autodeslumbramento.
Os factos reais da economia, porém, vão beneficiando de projecções lisonjeiras,
que melhor interessam e servem ao aparelho de propaganda governamental,
mas não à triste realidade profunda por que passa uma grande maioria de portugueses.
Trata-se de um governo que parou de governar no aperto e na contenção
sobre quem menos pode, um governo nascido para comprimir e oprimir
de Fisco e de custos sociais quem já anda esganadíssimo;
um governo que vai assobiando para o lado
ante a palhaçada dos combustíveis e outras palhaçadas idênticas,
e parou de governar para passar a desfilar triunfo, artifício, aparência, aclamação,
e o espectáculo está apenas no seu começo espectacular.
lkj
O Primeiro-Ministro é dinâmico e trabalha imenso, pois,
mas tem uma sede absoluta de poder que não pode deixar ninguém tranquilo.
O dinheiro que antes faltava para tudo e foi suprimido em quase tudo de essencial,
surgirá, porque foi prometido, em cascata.
«Há dinheiro para tudo». Se tudo isto fosse com Santana,
teria sido o mega-terramoto mediático:
«É inacreditável a bandalheira a que o país chegou com este palhaço do Santana.
Um orçamento que ia chegar e não chegou mais a palermice da PEN.
Uma PEN que não abre mais o totó do ministro das Finanças
com aquele inapresentável do presidende da AR ao lado
a dizer que até o Magalhães abria aquilo!
lkj
Estes tipos do Santana são todos iguais. Não se enxergam.
Cada vez que vejo o Santana a sorrir qual Berlusconi
ao lado do Chávez, que sem mais explicações
o deixa à seca no meio da rua, para lhe conseguir vender uns computadores da treta
sinto vontade de emigrar. Digam-me lá que isto não cheira a petróleo?!!
Mas ninguém tira o Santana do poder? Quando é que em Portugal
se imaginou que pudesse existir uma trapalhada como esta
na apresentação do orçamento?! Ou ele se vai embora
- é uma questão de higiene política -
ou os portugueses desistem de viver.
lkj
Já viram quantos professores se estão a reformar por dia?
É o resultado das políticas daquela santanete no ministério da Educação.
E o Santana é uma tal abjecção cultural que já nem os artistas protestam
apesar do Santana ter uma política cultural terceiro-mundista.
As vozes da cultura, eternos sons da discórdia, deixaram de se ouvir.
Devem ter vergonha de dizer que são deste país.
Por favor, digam-me que este pesadelo vai acabar.
Que amanhã quando acordar o Santana
e as suas trapalhadas já não estão no governo!!».

Comments

Joaquim Alves said…
Sem dúvidas Joshua, sem dúvidas!

Mas há uns gajos que nascem com o rabo voltado para a lua, como o senhor Sócrates, isto sem qualquer outra intenção...

Abraço

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