BAILOUT MY ASS AND KISS IT TOO


O bailout entrou na nossa língua e veio para ficar, assim como a crise.
Muitos o imprecam. Muitos mais o reclamam e o concertam para que resulte
e forre o buraco geral misterioso e desconhecido. Mesmo em pleno Alaska,
há uma senhora provavelmente desesperada por um. Por um bailout.
lkjlkj
O Alasca é uma terra estranha para alces e ursos
em convívio pelos recantos humanos
e ainda mais estranha para certos espécimens humanos deprimentes,
saídos da obscuridade com sapatos de rubi graças à intuição sôfrega mccaineana.
E agora é a materialização das acusações de que Sarah Palin,
um espécimen alasquiano com próteses oculares e um cabelo no mínimo ET,
talvez seja uma abusadora de autoridade e de posição
que entranha de estranheza não apenas o Alasca, mas toda a norte-américa.
lkj
In Deep shit está ela, sim, ao despedir Walter Monegan,
Public Safety Commissioner, porque este falhou na pressão encomendada
por que despedisse o cunhado da governadora e aparentemente
mesmo Todd Palin, o marido da governadora,
que gosta de dar uma perninha nas malhas do poder, pois participou
nesse festim de pressões por que aquele, Monegan,
despedisse igualmente Mike Wooten tendo em conta um certo divórcio
duro de roer e feito para doer. Enfim, uma só família, muitos despedimentos
e muita incompetência para obtê-los e ponto final, diga-se.
Se a vida real de vice-presidente for a teste, já sabemos
que a capacidade de persuasão de Palin
demonstra ser ZERO.
lkj
John McCain tem aqui muita matéria para meditar. Podia despedi-la desde logo
e evitar danos maiores, mostrar como a coisa é feita directamente,
sem interposta pessoa. Ela entenderia perfeitamente.
O embaraço cobre agora de derrota o lado republicano.
Ela está habituada ao mesmo, to fire, e mesmo que pusesse as unhas de fora
e declarasse: «Kiss my ass, oh no you don't. You won't bail me out now,
not now that I'm so close.», sabemos que o hipondríaco senhor,
mais conhecido por estes dias pelo apelido O Passareta, cederá o lugar à caçadora.
Sim, porque este senhor vai legar as rédeas de uma presidência
que estranhamente ganhará, tenho de preparar-me para este cenário incrível.
Sim, porque a coisa viraria Palin-McCain, num cenário desses,
quando lá fosse ele à sua vidinha a fim de tratar de umas feridas,
umas mazelas, uns achaques, the lucky one.
lkj
Sim, porque a governadora Palin fará tudo para cumprir um velho sonho:
despedir toda a gente desagradável para si dentro e fora dos EUA.
E assim transformar aquilo em que nunca teve êxito num êxito.
Só então acabará a sua experiência em falhar interpostos despedimentos.
Seria a sua oportunidade. Sim, o tal Bailout! Mas entretanto está tramada.
kjh
Bailout, a palavra inchando de conceitos, está aí, portanto.
É uma palavra nova, provando a existência
de uma semântica cada vez mais útil, de extrema necessidade e larga margem
de progressão publicitária em Portugal e no Mundo.
Fiança que paga a saída da prisa, ejecção do veículo malcheirento empeidado
e colapsante, talão de saída, é ele o futuro: nem Estado, nem Liberalismo.
O futuro é todo Bailoutismo. E sabe bem pagar tão pouco.
lkj
[Mesmo ontem, por exemplo, a Lei do Casamento Intrassexual não passou.
Porquê? Porque o Primeiro-Ministro e os estrategos da reeleição gloriosa
precisavam de um bailout qualquer para não melindrar o grosso do eleitorado.
E pronto: não estava no programa, na agenda. Adie-se. Bailout!]

Comments

Anonymous said…
-Espectacular, os americanos arranjam sosias para tudo e todos, mas uma sociedade também se mede pela capacidade de rir dela própria, e eles são capazes. Cada vez mais convencido que a ala conservadora do GOP impôs Palin a McCain, o que se veio a revelar um erro estratégico.

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