DA CORRUPÇÃO MORAL DAS POLÍTICAS
Portugal tem alternativas. Mas não estão nos partidos. Não somente neles. A sociedade civil, de variadas formas altamente comprimida, explorada e mal-tratada, sobretudo nos últimos quatro anos, tem gente competentíssima, capaz de governar para o bem da maioria e não despudoradamente para o bem covarde de alguns interesses que não dão emprego nem contribuem em nada para o bem de ninguém. Não faltam sábios impolutos em Portugal. Quase nenhum está no Governo. Bem pelo contrário. Este Governo e esta Legislatura foram capturados por interesses muito para além dos dos portugueses e do de Portugal. O modo como a Mentira se tornou forma habitual de lidar com a Opinião Pública e com os Cidadãos esgotou-se. O sr. Sócrates pode pôr a sua pior cara e os seus defensores incondicionais, da Imprensa e da Bloga, vesti-lo com as melhores roupagens mentirosas: a superioridade de um governante não é despreziva das pessoas nunca, nem contorna as questões que qualquer de nós tem direito a saber. O Aviário Parlamentar e o carreirismo político do sr. Sócrates privam-no da Realidade e da Vida desnecessariamente dura que o cidadão médio precário, empregado ou desempregado leva. Um governante deve ser humilde, sensível, próximo dos que sofrem, avesso à Mentira e ao Controlo, deve dizer a Verdade e particar a Máxima Transparência: quantos milhões esbanjou-desperdiçou em Parcerística? Quantos milhões em Marketing Político? Quantos milhões em controlo blogosférico? Em Imagem e Comunicação? Quantos milhões se perderam em clientelas que Sugam Portugal em Silêncio e sem prestar quaisquer contas a absolutamente ninguém, elas que se fazem pagar como querem e o quanto querem? Quantos milhões no velho caciquismo local? O Silêncio Sugador dos Boys é de mais: urge controlo, transparência, accountability. Acabe-se com esse ciclo terceiro-mundista de uma pseudo-democracia, devorismo desmesurado de facção. O Mistério Indevido da Hemorragia Portuguesa pelas Clientelas Políticas merece um Levantamento generalizado e uma Revolução Completa que Nunca Aconteceu porque a minha Fome Branca e a de milhares em estupor a exigem. A Iniquidade não pode ser chamada 'democracia'. Em democracia, a Lei e o Respeito pelos contribuintes e cidadãos é um valor acarinhado. Hoje, uma agremiação e políticos e empresários de baixo coturno acarinha outra coisa. Acarinha-se a si mesma e os milhões em offshores ou a tranquila exploração dos portugueses sem baixa de preços ou competitividade/concorrência nos bens de que não se escapa: combustíveis, gás, energia, telecomunicações, leite, alimentos. Um governante, um homem de Estado, coloca-se ao nosso serviço e fá-lo com sentido de responsabilidade e accountability. Por que motivo a Despesa Pública disparou sobretudo nos últimos quatro anos?! Por que motivo, apesar de quatro anos de impostos, os mais predadores e os mais desmoralizadores (que me empobreceram injustamente a mim que já era pobre e penalizaram duramente milhões de outros portugueses, hoje nítida e incomparavelmente mais pobres também) nada se resolveu e tudo se agravou? Por que motivo, a cada anúncio de medidas, tantas vezes repetido, em show-de-encher, não se sente posteriormente nem o efeito nem se percebe estar a proceder-se ao devido acompanhamento da aplicação do dinheiro. E nada se faz para que se perceba em tempo real o passo de caracol ou o benefício dos mesmos do Regime, as velhas formas de lançar ónus e endividamento a quem já se encontra endividado?! Cavaco vem dar uma sova tardia a um Governo incorrigível que, na época das comunicações e do cruzamento de dados e da vertigem da informação, não pode escapar de ser flagranteado na Mentira, no Fingimento de Agir, no Espectáculo Sórdido dos anúnicos repetidos, com o sorriso escarninho e ofensivo, permanentemente alienado e nefelibata, do sr. Sócrates. Um homem com o seu curriculum meramente político, em nada académico, em nada aprofundado por longas vigílias de estudo e leitura, mas por serões e jantares partidários conspirativos, não serve para Portugal, desde a primeira hora. As fraudes das políticas imorais estão aí à vista. Persegue-se e humilha-se classes profissionais, mas as Clientelas e os Interesses, sempre os mesmos, engordam e por isso a Despesa Pública disparou e tornou-se gravíssima. Políticas que oprimem as pessoas e cevam clientelas são Corrupção, são Imoralidade, são Mentira e a esse sistema velho, imoral e caduco, como acusa e alerta em boa hora o PR, é preciso que se ponha cobro: «“Para além da imprudência e, mesmo, da incompetência reveladas na avaliação e tomada de riscos, muitos foram os gestores financeiros que, simplesmente, perderam o sentido da decência, como afirmou recentemente o Presidente da República da Alemanha”, acrescentou Cavaco Silva. Para o chefe de Estado, “criou-se um ambiente de exuberância objectivamente desligado da realidade e incapaz de antecipar os custos sociais de um eventual colapso do sistema”. E lembrou que “por detrás das estatísticas e dos gráficos que identificam a crise estão trabalhadores que perderam o emprego” e “investidores que perderam as poupanças de uma vida e cujos projectos e ambições foram destruídos num ápice”. Para o Presidente, “muitos dos agentes que beneficiaram do status quo – e que tiveram um papel activo nesta crise financeira – continuam a ser capazes de condicionar as políticas públicas, quer pela sua dimensão económica quer pela sua proximidade ao poder político.” O Presidente salientou que é “preciso ter coragem de, em vários domínios, começar de novo.” “É urgente que os decisores reajustem as prioridades e corrijam as injustiças e os erros que a crise desmascarou”; “é urgente colocar no topo da agenda, ao lado da liberdade, a responsabilidade, a solidariedade e a coesão sociais”. E, como já fez outras ocasiões, alertou para a importância “que a verdade, a transparência e os princípios éticos têm no bom funcionamento de uma economia e no desenvolvimento de uma sociedade”. ».
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Acho que o estado deste Estado é tão podre, desceu tão baixo e indigna tanto que a ninguém da sociedade civil lhe apetece pegar nesta coisa. É como manipular um cadáver: é preciso ter estofo.