DETECTOR DE PRESSÕES

Provavelmente, Vitor Santos Silva também será pressionado para que conclua não ter havido pressões ao mais alto nível sobre os dois célebres magistrados, dentro do regime geral de tudo ser possível e ninguém extrair consequências políticas dos seus actos negativos sempre negados. Das três, uma. Ou duas: ou 1. Vitor Santos Silva lhes resiste, ou 2. convive com elas ou 3. faz queixa à Comunicação Social, que, goste-se ou não, tem sido o garante redentor de que o oportunismo rasca e reles do Segredo de Justiça não continue a servir de álibi branqueador dos Crimes dos Fortes e respectiva impunidade, fadados ao arquivamento, ao esquecimento ou aos recursos eternos: «Vítor Santos Silva é o inspector do Ministério Público que o Procurador Geral da República, Pinto Monteiro, nomeou para dirigir o inquérito às alegadas pressões exercidas sobre os magistrados que investigam o chamado “caso Freeport”.Natural de Coimbra, Vítor Santos Silva é um dos mais antigos magistrados do Ministério Público , pertence aos serviços de inspecção há nove anos e está graduado pelo Supremo Tribunal de Justiça. Tem agora um prazo de 30 dias para esclarecer se houve ou não pressões e de que forma foram exercidas sobre os magistrados titulares do processo Freeport.»