EMPEDERNIDO E ULTRALIBERALÓIDE


São notícias destas que matam a treta demagógica socialeira da boca para fora de um governo desonesto com os pequenos, ultraliberalóide na prática e por isso mesmo ultradesleal para com um povo pobre, graças a isto ainda mais pobre, pobre até ao tutano, como bem explica Filipe Tourais: «Este relatório expõe o Governo em pelo menos três aspectos: primeiro, ao demonstrar que, ao mesmo tempo que aumentava o IVA para 21%, que encerrava centros de saúde e escolas, que mandava para casa funcionários públicos, que desmantelava as carreiras da Administração Pública, que retirava benefícios fiscais aos cidadãos portadores de deficiência, que aumentava a idade de reforma para os 65 anos, que retirava direitos sociais, que cortava nos investimentos públicos - medidas todas elas com efeitos sentidos tanto no momento da sua implementação como no da crise que ajudaram a cavar -, o Governo favorecia a evasão fiscal dos grandes grupos económicos; em segundo lugar, que a prática foi consciente e reiterada; e, em terceiro lugar, que os mesmos que agora enchem os discursos com palavras contra os paraísos fiscais foram os mesmos que fizeram - e continuam a fazer - desses paraísos rota obrigatória para os lucros das suas clientelas. É e foi para eles que o Executivo Sócrates trabalha e trabalhou arduamente. Eu, se fosse dono de um grande grupo financeiro, não hesitaria em dar-lhes o meu voto.»: «O Governo socialista fez aprovar, em 2006, alterações à lei que permitem aos grupos financeiros a isenção total dos rendimentos das suas filiais, refere um relatório de auditoria da Inspecção-Geral de Finanças (IGF). O Ministério das Finanças não quis comentar ao PÚBLICO esta análise. Em causa está a opção escolhida na adaptação para a lei portuguesa da directiva comunitária para evitar a dupla tributação de rendimentos (90/435/CEE). Ao contrário de noutros países - como é citado pela IGF o caso espanhol - a IGF considera que "o legislador português optou pela solução que, sendo a mais simples do ponto de vista administrativo, propicia o desenvolvimento de mecanismos de planeamento fiscal" abusivo e é "a mais penalizadora para os interesses do Estado"[...] A IGF sublinhou a diminuição do número de técnicos do fisco em contraste com o facto de os "bancos disporem de staffs altamente especializados", o que se tem traduzido em "algumas derrapagens" nos prazos de controlo até ao limite da caducidade da cobrança.»

Comments

Anonymous said…
Este relatório expõe o Governo em pelo menos três aspectos: primeiro, ao demonstrar que, ao mesmo tempo que aumentava o IVA para 21%, que encerrava centros de saúde e escolas, que mandava para casa funcionários públicos, que desmantelava as carreiras da Administração Pública, que retirava benefícios fiscais aos cidadãos portadores de deficiência, que aumentava a idade de reforma para os 65 anos, que retirava direitos sociais, que cortava nos investimentos públicos - medidas todas elas com efeitos sentidos tanto no momento da sua implementação como no da crise que ajudaram a cavar -, o Governo favorecia a evasão fiscal dos grandes grupos económicos; em segundo lugar, que a prática foi consciente e reiterada; e, em terceiro lugar, que os mesmos que agora enchem os discursos com palavras contra os paraísos fiscais foram os mesmos que fizeram - e continuam a fazer - desses paraísos rota obrigatória para os lucros das suas clientelas. É e foi para eles que o Executivo Sócrates trabalha e trabalhou arduamente. Eu, se fosse dono de um grande grupo financeiro, não hesitaria em dar-lhes o meu voto.

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