GRANDE MISSA BRANQUEADORA PS


Porque a gravidade dos factos de que se fala, quanto à matéria freeportiana, não interessa agora para nada e porque muitos louvaminheiros do PS devem os altos rendimentos e altas posições ao Chefe ao qual prestam a obediência e a lealdade mais crassa e grata, resulta que não é o Regime que periga e treme nos seus fundamentos de credibilidade, com todas as obstruções e nebulosas interferências, mas, sim, o pobre PM acossado por todos e por todos os lados. É ele, esse grande neo-liberalóide que fala o neo-liberalês num país rasurado, ele é que é a grande vítima-intérprete 'sacrificial' dos cancros portugueses de longa duração — o desejo de furar e triunfar por todos os meios na Capital, graças a valores entranhados da província como a cupidez, a inveja, o oportunismo, as intrigas de partido, o calcar dos adversários com a retórica sofista que lhe conhecemos. Não está em causa o Regime. O sr. Sócrates, já cultuado e entronizado pelo PS que ele cunhou, vale por um País e por um Regime. Eu bem digo que não há mais País para lá do PS e também não mais Liberdade e Justiça para lá do bom nome e dignidade absolutizadas porque sim do sr. José Sócrates. Explicações e exposições meredianas que mostrem e demonstrem a lisura que todo o País há muito questiona: factos, números, contas, isso nada. Daí que a cabala contra a Justiça continue e a campanha negra contra a Verdade represente uma desculpa para tudo seguir como dantes. Note-se que ninguém se excede mais na violência retórica de estilo, quanto mais na prática maquiavélica política, que o PM parlamentar e que é do seu desempenho que passam cancros velhos portugueses de longa duração, como a fuga às questões, o ataque à oposição com argumentos pré-históricos, o esmagar por força os adversários, a lei dos fortes, o neo-liberalismo absoluto praticado e o socialismo falaciosamente enunciado. É ele que abre os braços e as mãos em garra adunca apertando um pescoço imaginário, quando discursa anunciando para as calendas uma treta repetida qualquer. Valha-nos o Quinto Império, no seu sonho de felicidade, harmonia e rectidão, sonho sempre vivo, que nada mais nos pode valer nesta Selva de Hipocrisia onde se que rasura e minimiza Portugal num novo culto personalista da treta: «Nem uma palavra aos jornalistas. José Sócrates entrou e saiu das jornadas parlamentares de Guimarães cumprindo à risca a estratégia de comunicação agora definida: falar de política e deixar os outros a falar sozinhos do caso Freeport. Só o líder parlamentar, Alberto Martins, pôde fazer uma referência ao tema mas para afirmar ao primeiro-ministro que pode contar “com o grupo parlamentar para todos os combates”. A sua pessoa tem sido objecto de calúnia, intriga, inveja, mal-dizer. São cancros portugueses de longa duração”, afirmou Martins. Indiferente a qualquer suspeita, o líder parlamentar acredita que, “com a liderança de José Sócrates, pessoa de bem, corajosa, justa iremos encontrar o caminho da dignidade e do progresso”. Palavras que encontraram eco na salva de palmas com que o secretário-geral fora recebido na sala do Centro Cultural Vila Flor.»

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