ISALTINOXIDÁVEL DE CONVENIÊNCIA

A melhor forma de entreter e ocultar um Problema é expor a menor parte dele. E Isaltino, como outrora Valentim, Fátima Felgueiras e Avelino Ferreira Torres, são e sempre foram a menor parte dele. Atacar a maior parte do Problema da corrupção política impune, que traveja o sistema político português, é retirar força, domínio e poder ao núcleo político que vive e medra da, na e pela Corrupção Política. E não há outro: o Centrão, PS e PSD, o Polvo que estrangula Portugal em todos os domínios, que o atrasa, que o esventra, que o vampiriza. Entretanto, todos os factos e pormenores do julgamento do triste Isaltino risonho, que não têm beliscado a sua popularidade local, antes a plebiscitam paradoxalmente, como só acontece em qualquer Somália ou Colômbia, devem da nossa parte conduzir a exigências explícitas no sentido de a Lei finalmente nos proteger ao caçar melhor, tal como acontece nos países a sério, esses velhos predadores dos contribuintes portugueses. Com que batalhão de Cravinhos poderemos contar para que se armadilhe o aparato legal com os devidos meios e instrumentos?! E quando é que o PS-Governamental parará de dizer ou prometer uma coisa e depois fazer exactamente o oposto, arte ímpar que só um impenitente cínico e mentiroso domina?!: «Um antigo adjunto da presidência da Câmara de Oeiras disse hoje em tribunal que a casa de Isaltino Morais em Altura (Algarve) foi uma contrapartida do empresário João Algarvio por um licenciamento de um projecto imobiliário.» As abstenções eleitorais altas só têm dado força à Corrupta Impunidade Política Nacional e, persistindo, continuarão a fazê-lo até ao irremediável ponto de não retorno.