OS CAMINHOS PERIGOSOS DO PODER

O País encontra-se numa encruzilhada fatal de opções determinantes que não se compadece com indecências politiqueiras. Estranhíssimo que o Governo na plenitude de uma borrasca nunca vista antes não tenha moral para federar intelectuais, técnicos, partidos, opiniões, especialistas, no sentido de criativamente sairmos juntos e mais fortes da Crise. Será da Cultura Portuguesa a inacção Absolutista, o isolacionismo teimoso e essa suinidade da obstinação solitária e exclusivista?! Deve ser. É muito natural que os próximos escrutínios eleitorais consagrem uma fractura acentuada do espectro político-partidário e que os partidos do Centrão sejam altamente atingidos pela insatisfação gerada por quase dez anos de incompetência económica e pobreza agravada. Muito justamente, há um discurso moral no PSD contra as fraudes económicas que o PS-Governo preconiza, um Governo acusável de agudizar a recessão em que nos afundamos e atascamos por muitas razões, sobretudo pela permanente sonegação da verdade dos números, pelo falhanço sistemático de todas as previsões. Os males estruturais da economia portuguesa são velhos, acentuados pela imoralidade da corrupção política generalizada, e por isso a actual conjuntura só serve de desculpa àqueles que agravaram grandemente a Despesa Pública num momento em que a Cobrança Fiscal atingia o Ápice e o Défice era um pretexto e um biombo para negligências graves. Os males e as insuficiências governamentais revelam-se por isso mesmo deploráveis e a cada instante mais fáceis de crivar com os factos. Qualquer um vê a progressão infecciosa do problema de gestão pública específico português. Urge baixar impostos, reduzir a despesa pública, travar os projectos megalómanos muito dificilmente explicáveis à luz do grau de endividamento observado e no sentido oposto das certezas do dr. Ricardo Salgado do BES, alguém cujo discurso enferma da mesma fantasia em que o poder labora, a não ser que lhe subjaza um mesmo desejo de submissão, como a demais Banca Nacional, ao Estado, aos seus favores e tutela explícitos e implícitos: acima de tudo, urge romper com a Mentira e a Opacidade no exercício do Poder em Portugal, um Poder que não presta quaisquer esclarecimentos aos cidadãos, que não se submete ao controlo e escrutínio em tempo real dos contribuintes, e que pelo contrário em tudo sempre acaba por vitimá-los sem apelo nem agravo. Como levaremos a sério estes políticos e estas políticas que não nos respeitam habituados que estão a exasperar-nos?: «A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, disse hoje concordar “inteiramente” com o Presidente da República que defendeu o aproveitamento do momento de crise como “um ponto de viragem”.Cavaco Silva disse sexta-feira que seria politicamente perigoso e eticamente reprovável repercutir os custos da situação económica sobre os mais desfavorecidos.»

Comments

ergela said…
Quando o meu amigo puder, passe lá pelo meu blog, tenho lá uma coisa para si.

Um abraço.

anoitedolobo-ergela.blogspot.com

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