PROCESSO E SÍNTESE SÃO CRIATURAS


Habituei-me a ler as Escrituras como um Grande Poema inclusivo e libertador. Não há dúvida que Igrejas e Movimentos Religiosos foram transformando esse Sal inclusivo e libertador em fermento de opressão, exclusão e exploração, controlo das consciências, dos medos, espírito de casta, domínio dos fracos pelos fortes, das mulheres pelos homens, dos pobres pelos ricos, longe, bem longe!, do escopo libertador e encantatório inerente ao texto poético Criacionista e é por isso que a polémica geral em torno do Evolucionismo nem sempre foi tratada pelas instâncias das Igrejas com a sabedoria necessária e com as linguagens mais ajustadas. Recordo como excepção luminosa o grande Teilhard de Chardin. Tempo, processo, síntese, tudo isto é criatura. Os estágios evolucionários não anulam as finalidades e as maturações do mosto humanado que convergiram por alguma razão no homo sapiens sapiens: «O Cardeal Patriarca de Lisboa afirmou ontem à noite, na sua homilia de Vigília Pascal, celebrada na Sé de Lisboa, que muitas respostas da teologia católica à teoria da Evolução de Darwin basearam-se numa "deficiente leitura" da Bíblia, negando contradições entre os evolucionistas e a perspectiva cristã da Criação.D. José Policarpo sublinhou que "tanto os darwinistas como a maneira católica de lhes responder partiram de uma leitura do texto bíblico, não querida pelo seu autor nem legitimada pela comunidade para quem foi escrito".»

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