SELVÁTICA POLÍTCA DO VAZIO


Uma das coisas mais odiosas do socratismo e altamente danosas para a clareza das políticas e das principais opções no plano do 'investimento público inteligente' é perder-se o PM em retórica rasteira, fustigando as oposições e ignorando completamente o País nos seus problemas mais prementes. Não há, nunca houve!, um discurso galvanizador de absolutamente ninguém em quem se perde num achincalhamento dos adversários em plena Crise. Só mesmo em Portugal, devido ao atraso cultural e à nula preparação, nula densidade do cidadão sr. Sócrates, que as forças políticas não se encontrem pelas melhores ideias e pelas melhores saídas. A corrupção das instituições é também essa incapacidade de ouvir seriamente a sociedade e deixar as baixas tricas partidárias para trás. Com raros exemplos, os partidos são monstros extintos. Talvez tenhamos necessidade de Revolução Séria que esventre todos os vícios instalados, mobilizadora dos corações e das mentes, uma vez estarem podres e falhos os fundamentos actuais: nem amor aos portugueses concretos, nem sentido de Estado, nem sentido ético da alteridade para quem se governa. Em quatro anos, apenas o fermento-gémen da lei da selva foi introduzido. O pseudo neo-liberalismo governamental de favorecimentos selectivos, além de altamente desmoralizador de quem trabalha, implicou perdas tão massivas de direitos sociais, de protecções tão garantidas e coesivas que é como se a frio fosse necessário inventar um novo país. Agora agudizam-se e complicam-se os problemas em virtude das duas Crises, a Estrutural Portuguesa, que Sócrates agravou profundamente, ele e o seu private fetiche propagandesco caríssimo e onerosíssimo, e a Conjuntural Planetária: «O deputado do PSD Hugo Velosa acusou hoje o secretário-geral do PS, José Sócrates, de fazer "política no condicional", ao criticar propostas dos social-democratas, nomeadamente na área da segurança social, em vez de comentar "a situação grave do país". Hugo Velosa reagia ao ataque ao modelo de segurança social proposto pelo PSD hoje feito por José Sócrates no seu discurso de encerramento dos três dias de Jornadas Parlamentares do PS, em Guimarães

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