ANATOMIA AO OPTIMISMO BURLÃO
«"Em eleições de segunda ordem, os cidadãos sentem-se mais soltos das questões de governabilidade e podem exprimir um voto de protesto que não significa a adesão ao programa do partido em que votaram", considera [ASS]. Ou seja, não há ainda a opção por uma alternativa de Governo externa ao PS. Além disso, a elevada abstenção permite ao núcleo duro defender que uma boa parte do eleitorado — 62,95% — ainda não avaliou o Governo.» Efectivamente, comentadores, analistas e mesmo membros do Partido do Rato, como ASS, têm vindo a terreiro defender a tese de que o PS-Governo carece de se explicar melhor ao eleitorado, uma vez que não está a ser suficientemente "entendido": «O "novo homem português", é nórdico, mas ainda não lhe foi "bem explicado". O problema está na "comunicação", na necessidade de "explicar melhor". Água mole em pedra dura... [...] Sempre nos pareceu que quem insufla tanto optimismo, tanta confiança, o faz, para abusar dela.»
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O PS de José Sócrates não quis "ver" os sinais de rua... agora, quer camuflar os resultados óbvios de uma eleição "de segunda" (afirmou Augusto SS!) Os "boys" e seu lider, perderam, por completo, a sanidade mental!
Foi fraca a penalização do PS. Um partido-rolha (navegando ao sabor das circunstâncias e das conveniências), que mandou às malvas os princípios que dizia possuir, que em nada difere de outros como o PSD ou o CDS e que com estes contribuiu para o afundamento vertiginoso do país, que crispou a sociedade portuguesa de alto abaixo, um partido recheado de gente de moralidade duvidosa, ainda conseguiu ter 26,6%! Que juntodos aos 31,7% do PSD (e, já agora, aos 8,3% do CDS), deveria preocupar qualquer um. Qualquer filho de boa gente. Qualquer filho de quem faz do seu trabalho o modo único de subsistência. As pessoas não devem ser só chamadas para dar o seu voto. As pessoas devem colaborar, devem agir, devem ser sujeitas da sua própria história e fazedoras do seu próprio destino. A Esquerda teve 21,5%. Não é mau, mas é ainda pouco. É preciso muito mais gente para pensar e para transformar. É preciso discutir, reivindicar, propor. É preciso fazer diferente, tornar o país mais justo economicamente, mais coeso socialmente e mais respirável moralmente. Esta é uma tarefa a todos os homens e mulheres de boa vontade. Todos serão poucos.
Um abraço redimido