FLIGHT 61, CONTINENTAL AIRLINES


No pressuposto de que não terá havido nem um ataque à integridade física do piloto motivado por qualquer conflito pessoal emergente nem terá ocorrido um singelo acidente fatal qualquer, é de supor ou de especular dever-se esta morte a nenhum outro motivo que a causas naturais, tanto mais que, segundo foi divulgado, tinha 60 anos e 32 de serviço na Companhia. Pergunto-me se os check-ups regulares, a que estes skilled workers estão obrigados, terão sido escamoteados, perderam critérios de exigência ou regrediram quanto a um módico sentido de diagnóstico e prevenção. E pergunto-me se é legítimo prorrogar vínculos laborais a uma tal extensão etária. Não será desumano dilatar a idade de reforma pelo menos em certas profissões perpassadas por adrenalina imprevista, aflições potenciais, profundo desgaste físico e psicológico?! Não é muito abonatório para uma Companhia, seja de Gás seja dos Correios seja de Aviação, que lhe morram os colaboradores no cumprimento do serviço, coisa que se tornará vulgar graças à subida da idade da reforma por que certas sociedades terão de optar por razões de simples aritmética demográfica. Tal situação evoca as mortes siberianas nos campos de trabalho forçado ou as mortes escravas sob o suor das intermináveis plantações do Sul: «Um comandante da companhia aérea norte-americana Continental Airlines morreu durante o voo, quando pilotava um Boeing 777 que partiu de Bruxelas para o aeroporto de Newark, junto a Nova Iorque, confirmou a porta-voz da agência norte-americana de aviação FAA, Arlene Salac. O avião acaba de aterrar, diz AFP. O voo 61 da Continental tem 247 passageiros a bordo, foi comandado por dois co-pilotos. A Continental não deu ainda mais detalhes sobre o sucedido.O piloto que morreu tinha 61 e trabalhava para a Continental há 21.»

Comments

Blondewithaphd said…
Gaita, qu'isto ultimamente anda um ver se te avias!
angélico said…
Com 61 anos o homem já devia era estar de pantufas em casa a ver televisão. Metem velhinhos com um volante de uma máquina voadora na mão e qualquer dia estamos distraidos e levamos com um avião no prato da sopa.
antonio ganhão said…
O piloto estava já reformado tendo sido contratado a um empresa de trabalho temporário. Estes trabalhadores não estão sujeitos ao mesmo regime dos funcionários de carreira. (inventei eu)
Recrazygirl said…
Olá!
Obrigado pelo comentário ao meu Blog!
Pelo que vi você gosta de Literatura e Educação, né?!
Como foi achar o meu!? rs
bjos
CN said…
de facto é lamentável, mas é o que nos espera, pelo menos para aqueles que têm emprego: morrer no posto de trabalho.

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