DETERMINADO AO CAOS E AO ABISMO
Para quem duvidasse do oportunismo insensato de este Governo, de um odor geral a lisura nula, eis que se persiste na ideia peregrina da ligação Lisboa-Madrid em alta velocidade, garantia de dívida, de prejuízos incalculáveis por gerações e gerações futuras de portugueses. Isolado, o Governo persiste nesta sua agenda desastrosamente irrealística como se ela transcendesse a mais elementar objectividade proibitiva patenteada pelo actual contexto económico e mesmo político, não fossem as últimas europeias um plebiscito indirecto às políticas governamentais com a respectiva rejeição eloquente que se conhece e reconhece. Repare-se nas palavras de João Cravinho quando sublinha estar o País à beira do mais irremediável abismo e pergunte-se que ganhará a equipa governamentalesca com tal atitude mercenária, solitária, absolutamente inqualificável nas suas opções grotescas que oneram já e futuramente Portugal. Por que persiste Mário Lino no calendário do TGV sendo que o ónus de essa caríssima irresponsabilidade ficará para governos e gerações futuras, encravando-os?! Na verdade, esta pressa traz água no bico do canto do cisne, do desespero de causa, do passe derradeira, do transe por persistir. Tem todo o ar dos grandes interesses particulares, dos grandes negócios privados de última hora freeportianos, com dinheiros, favores futuros e presentes, e privilégios a circular a alta velocidade entre mãos e bolsos, neste fim de festividades de uma Legislatura-Feira do Grande Faz-de-Conta Balofo, cheio de ministros que nunca se mancaram nas suas gaffes, mentiras, lapsos-jamé, legislatura da grande despesa pública e da grande dívida externa, já nos 100% do PIB. É obra. Palmas aos senhores das palas: «O governo vai prosseguir o calendário da alta velocidade dentro dos prazos previstos, disse hoje o ministro das Obras Públicas e Transportes, Mário Lino, na abertura de um colóquio sobre alta velocidade.»
Comments
investimentos?
Dar a mensagem para que a economia avance, tás a ver?
Pagar o que deve às empresas em vez de lhes dever mais de mil milhões.
Abraço.