FEIRA E FRAUDE ENFUNADA EM FRONDA
Depois de muitas horas a ensaiar novas poses Calimero, agora dialogante, agora conciliatório e até humilde, o animal feroz e determinado (rumo ao abismo e ao colapso), José Sócrates, espera que, com o eleitorado passento que nele votou e o que dele se absteve de votar mas não voltará a abster-se, os resultados de este PS se reforcem nas próximas legislativas e pelo menos lhe concedam uma maioria simplex, não já absoluta. Mas como chegar até lá?! Como evitar a coça eleitoral prometida que remeta este PS para a família dos Extintos e Caducos Partidos unicamente devido ao delito de esse Máximo Devorismo Clientelar Espertalhaço aos Orçamentos de Estado disfarçado com pseudo-reformas e agressividade política sobre um Povo de Pobres?! Com uma nova imagem instantânea, camaleónica, explicacional perante a qual um eleitor até se arrependa de ir votar noutra coisinha qualquer de Esquerda Ortodoxa. Há que despir rapidamente a pele daquele Lobo-Lóbi dos Interesses-PS e fechar aquela grande boca arrogante pró-maçónica, Estado dentro do Estado conspirando contra os interesses profundos de Portugal, e disfarçar os grandes dentes de tresmalhar com anti-progresso e anti-prosperidade os mais fracos de entre o povo. São só três meses de biombo e transformismo. Vale o esforço de contenção de Fúrias e Neuras, neste Zé-sempre-em-Pé, rastejando até à Porta do Cavalo que o aguarda paciente. Há que substituir a iluminância providencial com que se sente o escolhido Dom Sebastião Novo e o Novo Salazar anti-Salazar (porque um que sai sempre por cima de todos os excrementos de sua autoria, sendo, como é, ao contrário do outro, um grande milionário instantâneo da Política Piolhítica do Regime e um intocável dele). Portanto, como garantir ainda uma Maioria Simplex?! Fingindo suspender e interromper o sistémico vergastar da Verdade em Portugal. Procurando disfarçar o obliterar permanente da Transparência das Contas Públicas em Portugal. Simulando interromper o desmazelo e perdularismo continuado com os Dinheiros Públicos em Portugal. Essa imagem triunfalista de um Lobo Mau que não precisa de ninguém nem sequer dos opositores, nem sequer de técnicos capacitados, Lobo que dispensa, grunhindo e ameaçando, o resto do mundo, esse tipo de Lobo do Lóbi que Licita sobre Portugal e os seus recursos, que malbarata pessoas e as trucida moral e profissionalmente, esse Lobo cujo Ego é maior que toda uma Europa (um Portugal não lhe preenche a cova de um dente molar) e cuja Vaidade é ainda maior que toda uma América Central e cujo sentido de Pose e de Imagem é ainda mais gigantesco que todo um Bangladesh ultrapovoado, vai agora aparecer Humilde, Compungido, pregando o Diálogo, só agora, e muito a medo! Vai aparecer gesticulando só agora com menos raiva e mais olhinhos carneirescos Calimero, mendigando pelo voto e explicando como e para quê o seu PS esfolou centenas de milhar de portugueses em apenas quatro anos e favoreceu os seus triliões de vezes e acima de qualquer outra prioridade nacional. Vê-lo-emos, a esse Lobo Incomensurável, nos grandes púlpitos da Treta com o Ecrã caro atrás, a fazer o grande número da Humildade e do Diálogo de Última Hora em Três Meses antes das Legislativas. Será um Lobo Absolutista aparentemente menos Absolutista. Será um Lobo Peneirento aparentemente menos Peneirento. Será um Lobo Pomposo aparentemente menos Pomposo. Será um Lobo da Treta aparentemente menos da Treta. Será Feira, Fraude e irá Enfunado em Fronda até à derradeira hora da Porta Engalanada do Cavalo pela qual suspiram vê-lo passar os portugueses de boa vontade e coração limpo, e vê-lo passar contrariado e imprescindível, como a areia do Deserto, deslizando cadente pela duna, era mera esterilidade com efeitos especiais: «José Sócrates omitiu hoje à noite a palavra absoluta ao falar da maioria necessária para governar o país depois das próximas eleições legislativas, ao contrário do discurso que todo o Governo faz desde há um ano. “O PS empenhar-se-á numa maioria parlamentar que dê condições para governar”, afirmou aos jornalistas à entrada para a reunião da comissão política nacional.»
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