GRUNHA SENSIBILIDADE SOCIAL DO PS
Os partidos puseram-se rapidamente de acordo quanto ao crime de uma legislatura em nome do Sistema Vigente. Esse crime era a defunta Lei do Financiamento Partidário, uma coisa urdida pelo PS para seduzir com um prato de lentilhas os demais partidos, mas já no que toca a corrigir uma injustiça com os pensionistas mais pobres, o PS usa da sua prerrogativa de ser lastro e Siamês do Sistema para bloquear um reajuste no processo de cálculo das pensões. Onde se aloja o sentido e a sensibilidade social de este PS?! O favoritismo militante não tem sensibilidade social. Que precioso arrecear! O Governo do Partido Socialista é a face do Sistema Decrépito que se apropriou da Democracia portuguesa como coisa sua. Urge por isso uma aproximação das instituições às pessoas antes que as pessoas forcem uma transparência e uma rectidão que delas se têm ausentado. Urge que se garantam eleições livres, o fim da Face do Mal sorna que o PS patrocina na sombra, como se viu nas últimas eleições, sem repressão da liberdade de informação e de expressão (como se viu no caso ERC/TVI), sem truques baixos, como a divulgação orquestrada de sondagens condicionadoras da opinião e a campanha para o voto branco e nulo para a qual mesmo o pequeno Vitorino, esse grande avençado da Galp, deu o seu contributo público e publicitado. A insensibilidade grunha do PS pelos reformados, com as suas reformas miseráveis injustamente penalizadas no actual contexto e processo de cálculo, é somente mais uma dentre tantas Faces do mesmo Mal: «Mas na altura a possibilidade de uma quebra dos preços não estava no horizonte económico e ficou apenas prevista uma recuperação do poder de compra das pensões, quando a inflação sobe. Ora, a previsão para este ano aponta para uma quebra dos preços, o que, somado a um período de recessão que se atravessa, implicará uma descida das pensões num momento em que os beneficiários mais sentem necessidade. O Governo, através do ministro do Trabalho, manifestou abertura para aprovar uma medida excepcional. Mas ontem no Parlamento, o grupo parlamento do PS recusou qualquer entendimento face aos projectos do PCP e do PP para corrigir essa situação. Os deputados da oposição frisaram a possibilidade da maioria para legislar de imediato sobre a matéria, mas o grupo parlamentar socialista sustentou que era "prematura" alterar para já a fórmula de cálculo.»
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