SOLAR IMPULSE
Projecto fascinante! A pesquisar e a ler quase tudo acerca aqui e aqui: «O HB-SIA tem 24 mil células solares ligadas a baterias com alta eficiência, que permitirão acumular energia vinda do sol para o avião poder continuar a trabalhar durante a noite. “Se uma aeronave é capaz de voar de dia e de noite sem combustível, impulsionada simplesmente pela energia solar, ninguém poderá dizer que é impossível de se fazer o mesmo com veículos a motor, sistemas de ar condicionado ou de aquecimento e computadores”, acrescentou.»
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É fascinante, mas como engenheiro (do velho IST e não da Indy)tenho de desiludir os incautos entusiastas. É que há um problema, um limite físico para o qual a geralmente muito estúpida «tecnologia» (porque mal aplicada) não tem virtualmente solução.
Estou-me a referir à «constante solar», que é o máximo de energia solar que um metro quadrado da superfície terrestre a dada latitude recebe numa hora, por volta do meio-dia solar no Solestício de Verão.
Ora esta constante solar, dependente da latitude, da hora do dia e da época do ano, é extremamente baixa para uma área receptora diminuta como a de um automóvel, e a energia captada (com perdas enormes, visto a eficiência dos painéis solares estar muito longe dos 100%) só poderá fazer funcionar um motorzinho eléctrico fracote, talvez suficiente para arrastar o frágil veículo de fibra de vidro e rodas de bicicleta, carregado com o seu condutor, a uns 40 ou 60 km/h. E, se falarmos em subidas ou mais passageiros...
Claro que com um avião leve, com uma superfície alar grande e a voar a determinada altitude, a eficiência deste sistema seja mais convincente; contudo, faria triste figura em termos de «performance» com os biplanos de madeira e lona da 1ª Guerra Mundial...
Por fim, as centrais térmicas solares, como a que estão a construir no Alentejo para alimentar... Sevilha, terão uma boa potência, dadas as enormes áreas envolvidas, mas provocarão um arrefecimento da zona, já que a energia captada pelos painéis não o será pelo solo, arrefecendo-o. Não nos devemos esquecer da Lei da Conservação da Energia. E também que tudo indica não haver nenhum «aquecimento global», antropogénico ou não. Não passa de uma fraude gigantesca com fins geo-políticos e económicos (ver, por exemplo, o excelente blogue www.mitos-climaticos.blogspot.com).
É claro que há alternativas ao petróleo (que mesmo assim está longe de se esgotar, pois a sua formação não é a que se convencionou), porventura bem menos poluentes, mas não serão decerto os becos sem saída apontados pelos defensores do «greening».
Cumprimentos.