LOUREIRO E A MALCHEIRENTA OMERTÀ

Mais que a constituição como arguido, foi chocante a leveza e até risonha simpatia isaltina com que Dias Loureiro declarou aos jornalistas o seu novo estatuto e o que só agora ficou a perceber nos negócios malcheirentos que protagonizou. Podemos contar naturalmente com o seu contributo para que vigore e continue intacta essa espécie de omertà siciliana, um velho e denso silêncio, que permite a Oliveira e Costa fechar o livro e não revelar nem metade do que tem a revelar. O BPN foi uma extensa conspiração contra Portugal e os Portugueses e um duro golpe na credibilidade de políticos e ex-políticos. Onde estão todos os demais arguíveis neste caso BPN?! Quem os protege e porquê?! E esses autarcas milionários, velhas raposas do centrão de interesses, quando prestarão contas aos portugueses por décadas de nepotismo e enriquecimento absolutamente ilícito?!: «Com base em indícios considerados suficientemente fortes para o tornar suspeito de ilegalidades em dois negócios do grupo da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) e do Banco Português de Negócios (BPN), o ex-conselheiro de Estado e ex-ministro de Cavaco Silva Manuel Dias Loureiro foi constituído arguido e ouvido nessa qualidade, ontem, pelos investigadores no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).»

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