UM PARTIDO SITIADO E ENRASCADO

O duro combate eleitoral que aguarda o PS é, na verdade e naturalmente, desumano por ter de arrostar com um País inteiro saturado da forma abrasiva e absolutista com que o sr. José Sócrates exerceu o poder, esperando compensar com Aparência a completa ausência de Substância, lesando os cidadãos na vida quotidiana, mas cevando, isto é, engordando o mais possível os seus ávidos correligionários. A esperança geral é, por isso mesmo, limpar do poder tal Tempestade Perfeita, perfeita para a Tempestade, devastadora sobre quem se abateu, um Partido castigador dos cidadãos, mancomunado com a Maçonaria [cancro moral e eminência parda do Regime, acima e para além da Lei], um Partido-Poder errado e erróneo em quase todos os dossiês fundamentais, da Economia à Justiça, nada exemplar-Elisa Ferreira, nada exemplar-Ana Gomes, nada exemplar-Lopes da Mota, nada exemplar-José Sócrates, porém com toda a lata do universo. A patorra desmesurada com que o Propagandesco Sócrates tiranizou e distribuíu tirania pelo grande País caciquista afecto ao 'seu' Partido foi um fenómeno inaudito. Fabricou ameaçados, perseguidos, chantageados e excluídos implícitos em cada discordante ostensivo às suas políticas torcionárias. Por isso fala de Ânimo, Coragem, Força, porque já percebeu que toda a gente está absolutamente farta de estes quatro anos e meio. Farta dos relatórios sanfoneiros. Farta dos cornos de Pinho. Farta da Insolência Grossa do PM no Parlamento. Farta de mentiras e desonestidades. Farta porque percebe que hoje são os estivadores, desbragados e imoderados, de cara tapada a falar de matar e enforcar um homem-símbolo, insultando grosseiramente o PM. Mas amanhã bem poderemos ser nós, tu e eu e milhares, com infinitas mais razões que os da estiva, por termos sido transformados nos verdadeiramente esfomeados e profundamente lesados de esta Sapateira Legislatura Desalmada: «É para um combate de “atitude” que José Sócrates convocou ontem os deputados e o “PS inteiro”, pedindo-lhes “ânimo, força e coragem”. O combate eleitoral, segundo o primeiro- ministro, vai ser “uma questão de atitude”, uma escolha entre “quem tem confiança no país, vontade e ambição” e quem faz da “resignação, pessimismo e negativismo” uma “linha política”.»