AH, GHANDI PROTOPOSTER, DESISTO!
Desisto.
Não vale a pena prosseguir. Estou assim como Ghandi ProtoPoster,
porque todos se me convertem em plumitivos inimigos,
sempre melhores que eu e os meus bitaites
onde nem sequer tento tanto to be tight a princípios e intuições,
e todos me querem perder, puxar para baixo,
trelear em mim o que bastaria ler.
lkj
Desisto. Lutar para mim é estar assim, como Ghandi ProtoPoster.
Não quererei mais saber. O mundo segue entregue a mentiras que vendem,
eu sigo cada vez mais submerso ao seu relínquo lodo, onde me afogo, e cesso, e morro.
«Esta semana há jackpot», seus filhos da puta em abcesso? Outro jackpot, seus cabrões?
Então vocês ainda pensam que mobilizam alguém com essa publicidade reles
de reles completos, de badalhocos da verdade sonegada? Esse modelo vai acabar
e tereis de prestar contas a um Povo Novo e Acordado
que não tolera bolas zero ou esse artificializar sem qualquer pudor.
lkj
Desisto. Dobro o pescoço e fico assim, como Ghandi ProtoPoster.
Passar pela vida como um pregador no deserto, só,
Da Literatura lúbrica e situacionista incerto,
inserto na Bloga Louca, sedenta e passenta, já basta! Basta de cupidez!
Sou um desertor dos grandes grupos,
de paneleirentos Abruptos. Fedorentos, quezilentos,
não quero, nem vaidozecos, altivecos, vendedores da banha cobreira.
Com gente triunfal nada quero.
Prefiro dançar um bolero com um esqueleto recente,
cosido com esmero com tendões de cabra, sempre terá melhor cara.
Todos os políticos são batidos fadistas cantando ao desafio, sonolentos, infectos,
no intervalo de um Prada calçado e uma cagada
que não chega a tempo ao WC do Parlamento
e é mesmo nas calças, mas sem o devido escarmento.
lkj
Desisto. É bela a inanição desistente de ficar assim tal como Ghandi ProtoPoster.
Desprezo tudo em volta! Tenho um olhar apedrejado, de adúltera iemenita lapidada.
Veio o Fisco e lapidou-me. Veio o sistema de crédito, sugou-me e lapidou-me.
Veio o preço dos combustíveis e lapidou-me. Veio o Ministério da Educação,
esse escarrou-me, cuspiu-me e humilhou-me, trocando-me por um prato de lentilhas.
Vieram vocês, no vosso limite e superficialidade apressada, e não me compreendestes,
condenando-me e lapidando-me, tão sem-vergonha de existirdes!
lkj
Desisto. Definho. Descarno-me e fico assim, como Ghandi ProtoPoster.
Desisto da vida. E desisto do mundo. Jejuarei até à morte,
o que não demorará, tendo em conta o estado natural de jejum
num País distraído e alheado de si mesmo porque jejum é a autofagia MorteLenta,
é a chantagem violenta para que eu exista para vocês. Parem de ser fúteis!
Aos que eu tinha por amigos, desejo-vos o mesmo poço fundo
do silêncio com que me abonais covardolasmente. Bom proveito!
Que vos seja 50 Valemesios
ou 98 cervejas numa festa de Aniversário Exagerada
para que não fui convidado nem iria, porque era cara,
e que vos fez passar mal ao fim da noite, mas sem emenda.
Comments
Para se morrer é preciso estar vivo. E para estar vivo não basta sentir a dor!
A tua escrita ainda se cansa de ti.
Rejubilo com a pausa desistência, que dizes querer.
Sairás fortalecido, uma redoma elástica e coriácia será tua protecção.
«Esta semana há jackpot», seus filhos da puta em abcesso? Outro jackpot, seus cabrões?
Esta frase tá o máximo!!!
Os grupos perecerão nos soberbos desertos a eles só reservados.
XAxuaxo