PARIS: FLAME OUT, LE EFFACER DE LA FLAMME


Por que me sinto hoje tão feliz por uma certa chama,
dita olímpica, ter sido maravilhosamente apagada em Paris?
A chama da brutalidade, a chama da impositividade,
a chama da ambiguidade, da diplomacia tenaz e camuflada.
É preciso que a China sinta vergonha por não convergir com o resto do mundo
no respeito pelos Direitos Humanos já que tanto quer convergir em tudo o mais.

Comments

Tiago R Cardoso said…
Olha lá, a culpa é da China ou é do resto do mundo que baixa a cabeça perante a China ?
-Se existisse boicote, a chama não passaria por estas cidades, e o regime de Pequim não estaria com as orelhas a arder. E tende a piorar para eles, organizar os J.O. vai sair-lhes caro, dentro e fora da grande muralha.
-Se existisse boicote, a chama não passaria por estas cidades, e o regime de Pequim não estaria com as orelhas a arder. E tende a piorar para eles, organizar os J.O. vai sair-lhes caro, dentro e fora da grande muralha.
-Se existisse boicote, a chama não passaria por estas cidades, e o regime de Pequim não estaria com as orelhas a arder. E tende a piorar para eles, organizar os J.O. vai sair-lhes caro, dentro e fora da grande muralha.
-Se existisse boicote, a chama não passaria por estas cidades, e o regime de Pequim não estaria com as orelhas a arder. E tende a piorar para eles, organizar os J.O. vai sair-lhes caro, dentro e fora da grande muralha.
Percebo o teu raciocínio. Mas preferia ter as ruas cheias de cidadãos europeus em protesto, não contra a passagem da chama olímpica para a China, mas contra a hipocrisia dos estados ocidentais, que não cessam de firmar acordos comerciais com a China, desastrosos para os seus próprios cidadãos e para o nosso próprio modelo de desenvolvimento económico e cultural. Esses acordos não visam a melhoria das condições de vida, seja dos chineses, seja dos tibetanos, nem mesmo dos europeus. Muita gente ganha dinheiro com a actual situação económica, social e política da China. Grandes marcas de roupa e produtos tecnológicos, cujas montras fazem brilhar as avenidas europeias, exploram directa ou indirectamente essa realidade. Essas multinacionais, cujo poder sobre os estados europeus é imenso, não estão interessadas em nenhumas mudança significativa na China ou noutros países da Ásia, pressionando os governos nesse sentido.
E por cá? Quantas vezes já ouviste dizer que os trabalhadores europeus têm de aceitar baixar os seus padrões sociais e económicos para poderem aguentar os seus empregos face à concorrência chinesa? Mas será isto uma inevitabilidade? Claro que não. È uma finta, uma sacanice.
Neste contexto, porque o tiro está, na minha opinião, a ser dado ao lado, a actual contestação em torno do estatuo do Tibete é uma diversão, que nos afasta do essencial. Uma globalização dirigida para o empobrecimento global a todos os níveis.

(esta resposta é-o também ao comentário que me deixou e que agradeço.)

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