O CONÚBIO OU UM ESTADO MULTITETAS E TRAMPOLIM
que assumirá em breve a presidência da construtora Mota Engil,
vai deixar o seu lugar no Conselho de Estado,
disse hoje fonte oficial do PS.
Contudo, Jorge Coelho recusou-se a fazer comentários
sobre as razões da sua saída.
"Quem de direito sabe das minhas decisões.
Não quero falar sobre nenhum assunto", disse.»
lkj
Efectivamente, não se fala com a boca cheia.
lkj
Por sua vez, e na sequência de estes eventos,
o deputado do Bloco de Esquerda Francisco Louçã
criticou hoje no Parlamento os "políticos anfíbios"
que usam a vida pública como trampolim para "carreiras privadas"
referindo o mesmo ex-ministro do PS Jorge Coelho.
lkj
"Que políticos anfíbios são estes que saltam para um conselho de ministros
para um verdadeiro conselho de ministros empresarial
de uma empresa de construção civil que negoceia com o Estado
e tem um ministro do PSD, um dirigente do CDS e vários ministros do PS", acusou.
LKJ
No debate quinzenal com o primeiro-ministro,
Francisco Louçã exigiu ao primeiro-ministro "regras"
para acabar com a "política de facilidade".
"Política de facilidade é esta vida de quem acha que pode saltar do poder
e pedir votos dos portugueses
e gerir a causa pública como trampolim para carreiras privadas", disse.
lkj
Louçã referiu os casos do ex-ministro do PS Jorge Coelho
que será presidente da construtora Mota-Engil e de Vitalino Canas(trão),
o porta-voz socialista, que disse ser "assalariado das empresas de trabalho temporário".
"Ouça o engenheiro João Cravinho, que foi ministro das Obras Públicas.
Acha que é por acaso que ele diz que isto é uma vergonha?
Não é aceitável este conúbio entre o público e o privado", afirmou.
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